Nova medicina germânica e a origem natural das doenças

A nova medicina germânica (NMG) tem como base os descobrimentos médicos de Ryke Geerd Hamer. Ele enunciou cinco leis biológicas que explicam as causas, o desenvolvimento e a cura natural das enfermidades, segundo princípios biológicos universais.

Assim, diferentemente do que se costumar entender, de acordo com a nova medicina germânica as doenças não são resultado de um mal funcionamento ou malignidade das estruturas no corpo e seu organismo. Elas são compreendidas como programas especiais com um sentido biológico específico, criados pela natureza para dar suporte à pessoa durante o período de estresse psicológico, emocional e físico.

Dessa forma, as descobertas de Hamer, mais do que informações hipotéticas ou teóricas, são baseadas numa ciência empírica que se estrutura sobre os citados princípios biológicos universais. Portanto, a NMG representa um sistema científico claro, que permite aprender a entender a origem e desenvolvimento das enfermidades, podendo ser comprovado e verificado em cada caso de uma e de todas as enfermidades.

Pilares da NMG: medicina oriental e biologia da evolução

Alguns pilares embasam os paradigmas da nova medicina germânica. Parte desses pilares advém do conceito intelectual de psiquismo, entendido de forma dinâmica como o conjunto de comportamentos da psique que está presente tanto nos seres humanos como em outros animais. É claro que no caso dos seres humanos essa condição torna-se complexa, em função das reações associadas ao campo das emoções e sentimentos. Essa condição pode ser bem melhor compreendida por meio da contribuição trazida pelo conhecimento sobre as emoções originado do Oriente, da medicina tradicional chinesa e da medicina ayurvédica, dentre outras referências.

Já no campo biológico, a biologia da evolução, em particular, possibilita uma outra compreensão sobre ciência, medicina e sociedade. Os binômios corpo-mente, saúde-doença e sujeito-objeto evoluem para uma unificação nos paradigmas da NMG, fazendo com que a aplicação das cinco leis biológicas de Hamer proporcione uma constatação bastante evidente das conexões existentes entre eles.

O entendimento da saúde como um processo contínuo e dinâmico, preceituado pela NMG, propicia o uso da autogestão como um recurso de autocura, transformando o conflito vivenciado pelo indivíduo em oportunidade de adaptação e mudança.

Esse entendimento nos dá ainda a possibilidade de ter confiança na natureza e nos seus processos, uma vez que somos parte dela. E, antes e além da crença que se possa ter, representa também uma oportunidade de aprendizado.

Programas especiais com sentido biológico específico

Para a nova medicina germânica, o chamado conflito, aquela situação súbita, inesperada e dramática, vivida para dentro, representa o momento em que um dos programas biológicos especiais de significado específico (SBS) começa a ser posto em marcha como uma estratégia natural de defesa do próprio organismo, na busca de ajudar a resolver o evento traumático.

Assim, iniciam-se as histórias naturais das enfermidades, que são determinadas a partir do que vem do entorno da pessoa e de como isso é percebido por ela.

As evidências apresentadas pela NMG são verificáveis por meio de exames complementares, assim como pela própria história do paciente e manifestações clínicas associadas, configurando os paradigmas dessa ciência natural.

As correlações estabelecidas pela nova medicina germânica entre o conflito desencadeado pelo evento traumático e a resposta do organismo por meio de um programa especial com sentido biológico específico estendem-se até as bases filogenéticas e ontogenéticas da evolução do ser e possibilitam um tráfego pelo caminho de autocura.

Assim, quando se entende como esse processo natural transcorre, obtém-se uma informação que servirá tanto como forma de liberação do medo e do pânico em relação à doença quanto no sentido de nortear os procedimentos para restabelecer o estado de bem-estar, natural expressão de saúde.

As cinco leis biológicas

A nova medicina germânica é uma ciência rigorosa baseada em cinco leis da natureza de cunho estritamente científico.

Para se ter uma visão funcional das chamadas cinco leis de Hamer, é preciso saber que elas perfazem um raciocínio que parte de conceitos específicos para um conceito geral. Essa é uma forma de se ter uma compreensão de aspecto prático e funcional dos paradigmas presentes nessa ciência.

1 – Lei férrea do câncer. Esse é o momento do processo em que o cérebro envia sinais para o órgão do corpo que melhor se adapta à resposta adequada ao evento traumático, havendo sempre uma correlação direta entre o tecido presente na área do cérebro que envia o sinal e o órgão, segmento ou função associada. A chamada lei férrea estabelece a simultaneidade de percepção da psique, da área de comando cerebral e do órgão onde se dispara a chamada síndrome de Hamer. A resposta biológica especial desencadeada no organismo traz sinais e sintomas que evidenciam que o evento traumático em si, muitas vezes, é menos importante do que a percepção subjetiva da pessoa em relação a ele.

2 – Lei das duas fases de todas as enfermidades. Aqui se apresenta o desenvolvimento bifásico das doenças, que parte da chamada normotonia, quando ela é interrompida pelo início da ocorrência do conflito. Nesse momento, toma lugar a simpaticotonia, que caracteriza a fase ativa do conflito biológico até sua solução. A partir daí, inicia-se então a fase de pós-conflito, também conhecida como fase de cura. Esta, por sua vez, é subdividida em duas subfases, que são separadas por uma epicrise, momento em que o organismo volta a experimentar o estado de simpaticotonia, com a ocorrência do ápice das manifestações clínicas. Com base nessa lei biológica, é possível identificar como se dá a evolução do processo natural que envolve toda a expressão da resposta de saúde do corpo, que é composta por algumas fases a que, por desconhecimento, costumamos dar o nome de doença.

3 – Lei do sistema ontogenético de todas as enfermidades. Essa lei revoluciona os métodos de diagnóstico, no sentido de que estabelece a relação de cada sistema de resposta biológica do corpo com a origem embrionária dos tecidos envolvidos e sua inervação, ou seja, áreas de comando numa fisiologia especial. O tipo de alterações fisiológicas que será experimentado pelo organismo (se haverá aumento das funções com proliferação celular ou redução das funções com necrose tecidual) depende da origem embrionária dos tecidos envolvidos, os quais por sua vez estão relacionados à área do cérebro que enviou o sinal de desencadeamento do programa biológico com sentido específico. Sendo assim, o sintoma experimentado pelo paciente possibilita identificar o tecido envolvido, sendo que cada tecido, de acordo com sua origem embrionária, está relacionado a uma função específica com comportamento específico. Essa terceira lei, que apresenta a ontogênese dos folhetos embrionários e tecidos, possibilita também uma recapitulação da filogênese. O endoderma, o mesoderma e ectoderma trazem a evolução desde os seres unicelulares mais rudimentares de ambiente marinho até o ser humano com sua complexidade, que envolve os sentidos, a comunicação, a socialidade e diversas outras características evolutivas.

4 – Lei do sistema ontogenético dos microrganismos. De acordo com essa lei, os micróbios não atuam de forma independente, mas simbiótica e sensatamente controlada pelo cérebro, com função específica e precisa em relação aos tecidos. Na nova medicina germânica, a ontogênese dos micróbios apresenta-se de forma bem diferente daquela trazida por Pasteur na identificação e associação dos micróbios com infectividade, contaminação e causalidade de doenças.

5 – Lei da quintessência. Segundo essa lei, todos os programas da natureza são sensatos e sempre têm um sentido, sendo que a doença é parte de um processo com intenção de preservação da vida. A chamada quintessência tem como característica a transcendência, que se expressa como evolução, presunção e adaptação para aprimoramento e sobrevivência.

O conjunto das leis de Hamer transforma esse processo num método de verificação, em que elas auxiliam a estabelecer um diagnóstico preciso, o prognóstico e a viabilidade de tratamentos diversos. Esse método possibilita, principalmente, trazer ao paciente o conhecimento sobre seu próprio estado, dando a ele a oportunidade de atuar como sujeito no seu processo de forma consciente.

As leis biológicas de Hamer não são uma terapia ou método de cura. Elas servem para compreensão e discernimento, uma vez que a cura é um processo inerente à própria natureza. Essa ciência permite tornar habitual a realidade percebida em sua complexidade, no sentido de que a decodificação singulariza o que nem sempre está aparente. Portanto, proporciona autoconhecimento e evolução. À medida que se aprofunda no estudo e uso desses conhecimentos, há uma integração progressiva dos paradigmas da nova medicina germânica, que torna essa visão natural e dinâmica, de forma prática e funcional.


Dr. Maurílio Brandão – Médico homeopata, acupunturista, especialista em medicina ortomolecular e medicina integrativa e praticante e divulgador da nova medicina germânica no Brasil.