A obesidade tornou-se um problema de saúde pública com proporções mundiais após o surgimento de fatos que remontam à metade do século passado.
Quando se atribuiu ao colesterol a correlação com mortalidade e morbidade por complicações cardiovasculares, a indústria alimentícia cresceu em torno do incentivo à ingestão de carboidratos como substitutos das gorduras e de outros lipídeos.
Assim, instituiu-se o consumo dessas substâncias na composição dos hábitos alimentares da população de diversos países ocidentais, como é o caso do Brasil.
A interpretação da ciência foi aproveitada pela indústria alimentícia para a inclusão de produtos como amido de milho, entre outros. Esses insumos contribuem para a redução do custo de produção de alimentos, porém estão associados à transgenia e a outras modificações causadoras de efeitos disruptivos metabólicos.
Dessa maneira, às causas já consideradas pela nova medicina germânica (NMG), que preceitua que as doenças têm sempre como fator determinante a ocorrência de um conflito biológico na vida do indivíduo, junta-se agora o surgimento desses efeitos tóxicos diversos que também se associam ao problema da obesidade.
No que se refere especificamente ao entendimento embasado na NMG, há duas condições que se somam para a evolução do estado de obesidade.
A primeira se dá na ocorrência de um conflito de abandono, quando a pessoa sente-se isolada, perdida ou rejeitada e, assim, deixada ao seu próprio destino.
Essa condição leva à tendência de retenção de líquidos, contribuindo para o aumento de peso, numa reação biológica que tem como propósito assegurar a sobrevivência.
Esse processo acontece nos seres humanos à semelhança do que se dá em outros mamíferos no mundo animal, quando eventualmente se encontram numa situação de isolamento de seus semelhantes.
O segundo conflito, que se soma a esse, consiste na redução da capacidade de produção de glucagon pelo pâncreas, cujo centro de comando cerebral localiza-se na região hipotalâmica esquerda, em correlação com os tecidos de natureza embrionária ectodérmica.
Esse centro de comando provoca essa redução por meio das células-alfa das ilhotas de Langerhans. Essa condição desencadeia um estado de fome gerado pela hipoglicemia resultante da diminuição na produção de glucagon.
Quando o conflito persiste, esse estado manifesta-se como o de um conflito pendente, o que leva à superalimentação, em razão da sensação de fome aumentada e constante.
O conflito relacionado a essa situação é o de medo e desgosto, gerando uma condição de repugnância ou mesmo um conflito de identidade, dependendo da correlação com o sexo e a lateralidade da pessoa (se é destra ou canhota), que segundo a nova medicina germânica são características que influenciam a classificação específica dos conflitos.
A compreensão, por parte dos pacientes, dessas condições causais pode ser fundamental para a abordagem e resultado do tratamento.
À medida que os conflitos são resolvidos, há uma reversão dos processos, gerando um movimento em direção à cura natural.
Alergias alimentares
As intolerâncias e alergias alimentares são tema de grande destaque na sociedade atual, frente a aspectos como transgenia, processamentos de alimentos, contaminações e diversas outras circunstâncias adversas. Uma alimentação saudável é essencial para o bem-estar do organismo.
Mas a nova medicina germânica aponta outros caminhos para se entender essa questão, que vão além dessas condições já destacadas.
Durante os períodos em que o conflito biológico vivenciado pelo indivíduo está ativo, há uma diminuição do apetite devido à operação mais lenta do sistema digestivo, decorrente da predominância simpaticotônica.
Nesses momentos, expor-se a alimentos com toxinas provenientes de transgenia e uso de pesticidas, herbicidas, aditivos, metais tóxicos, etc., pode causar depleção no organismo, esgotando sua energia e deixando-o ainda mais desgastado.
As intolerâncias alimentares podem ocorrer em função dessas condições, de maneira isolada ou associada.
Essas mesmas circunstâncias afetam também a fase de cura, em que a alimentação assume papel importante, senão fundamental, para dar apoio ao processo de recuperação.
Há ainda outras situações a serem consideradas, como aquela em que os conflitos são associados às informações sobre determinados alimentos, que se tornam bem indigestos pelo fato de o consumidor ter lido ou ouvido referências negativas acerca deles.
Esse tipo de circunstância pode desencadear uma percepção de susto ou de medo do que o alimento pode causar se for ingerido, levando a afecções respiratórias.
Assim, percebe-se que as intolerâncias alimentares podem se dar de modo indireto, ou seja, não pelo alimento em si, mas pela associação criada pela psique.
Nesse sentido, pode se dizer que os conflitos começam e terminam na psique, até que aconteça a solução, com suas subsequentes manifestações.
E é sempre relevante ressaltar que a nova medicina germânica evidencia que é justamente na fase de cura de qualquer enfermidade que ocorrem no organismo as manifestações clínicas que são mais tipificadas como doenças pela medicina convencional.
Ou seja, a medicina convencional classifica como doença o conjunto de reações biológicas naturais que o organismo está colocando em ação com o propósito de se curar e que, às vezes, podem até mesmo parecer bastante “agressivas”, mas que são necessárias para o processo de recuperação.
Quando não existem informações suplementares na área médica convencional que possam esclarecer melhor o que está se passando no corpo, as chances de que sejam estabelecidas relações causais improcedentes em relação a fenômenos biológicos naturais tornam-se maiores e tendem a se perpetuar.
Outra condição que pode ter reflexos na questão das intolerâncias e alergias alimentares é a que acontece quando um alimento toma-se parte num dado conflito, ou seja, torna-se um elemento presente e registrado durante a ocorrência de um conflito e passa a funcionar como um gatilho.
Constitui-se, então, num disparador do processo que gera manifestações ocorridas durante o conflito que de fato aconteceu, mas que agora são geradas apenas pela presença do gatilho. O conflito em si não reincide, mas sim o gatilho, que nesse caso é um alimento, que passa então a ser considerado como causa.
As alergias a alimentos tendem a predominar em pessoas mais informadas e cultas, que se mostram mais sugestionáveis e susceptíveis a entrarem em conflitos, incluindo os relacionados a intolerâncias alimentares.
Tais esclarecimentos ajudam a se ter uma melhor compreensão de por que pessoas saudáveis e que se alimentam bem podem vivenciar conflitos biológicos associados a intolerâncias e alergias a alimentos, enquanto outras que cultivam maus hábitos alimentares não apresentam esses tipos de conflitos.
Dr. Maurílio Brandão – Médico homeopata, acupunturista, especialista em medicina ortomolecular e medicina integrativa e praticante e divulgador da nova medicina germânica no Brasil.