Nossa mente inconsciente registra e guarda informações, conceitos e crenças que podem, por empatia, refletir-se instantaneamente numa imagem de prazer (positiva) ou de dor (negativa). Esse é o princípio básico do exame de fotorressonância do subconsciente, que desenvolvi e venho aplicando em meus atendimentos como terapeuta de florais, desde 2007.
A realização do teste consiste, basicamente, em apresentar ao paciente, seja por meio físico ou digital, uma série de fotografias que irão despertar sensações e sentimentos diversos, pedindo que ele selecione as três de que mais gostou e as três de que menos gostou. Antes de fazer a escolha, é aconselhável que a pessoa visualize o álbum completo de fotos. A sequência em que as fotos serão vistas pelo paciente é aleatória, pois não interfere no resultado do exame. Também não existe um tempo determinado para que ele efetue as escolhas, havendo inclusive a possibilidade de trocar uma foto anteriormente selecionada por outra.
O importante é que, no final, as fotos vão refletir os conteúdos do inconsciente. Por isso, durante a realização do teste a interferência do profissional de saúde/terapeuta deve ser nula, propiciando ao paciente total liberdade na seleção das imagens. Somente depois da elaboração do laudo por parte do profissional, é que serão feitas as análises e observações e esclarecidas as dúvidas.
Pelo mecanismo de empatia, o paciente reage às fotografias apresentadas com sensações e emoções diferenciadas, que permitirão ao terapeuta uma identificação direta dos registros existentes no subconsciente, resultando num diagnóstico mais objetivo para a recomendação de uma composição de essências de florais de Bach específica para aquele indivíduo.
Numa segunda fase do tratamento, que se pode chamar de “manutenção”, após o término do terceiro frasco das essências florais inicialmente indicadas (cerca de 15 dias), o exame de fotorressonância é repetido, para que seja possível complementar a terapia com essências que pertençam a grupos de florais de Bach diferentes dos que foram selecionados com base no teste anterior.
Sem máscaras
Por meio do exame de fotorressonância, o terapeuta tem acesso aos registros do inconsciente do paciente, sem que ele possa negá-los ou mascará-los pela atuação de sua mente consciente. A relação entre a visão e as imagens observadas, criando uma identificação direta que pode ser positiva ou negativa, proporciona subsídios plausíveis das necessidades emocionais a serem trabalhadas durante o processo de terapia. Diferentemente do que acontece com a maioria dos pacientes quando expressam verbalmente seus sintomas emocionais, pois como explica Sigmund Freud, esse relato é sempre afetado pelo superego, produzindo máscaras utilizadas pelo consciente (ego), que bloqueiam os impulsos do id.
Para Freud, o aparelho psíquico (personalidade) forma-se na infância e é composto de três partes: id (inconsciente), ego e superego. O id contém tudo que é herdado e acha-se presente no nascimento do bebê. É o reservatório de energia de toda a personalidade.
O ego desenvolve-se à medida que o bebê torna-se ciente de sua própria identidade, para entender e aplacar as constantes exigências do id. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. Sua principal função é agir como intermediário entre o id e o mundo externo, aprendendo a controlar os impulsos e decidindo se eles devem ser satisfeitos imediatamente, mais tarde ou nunca.
O superego atua como um juiz sobre as atividades e pensamentos do ego, sendo o “depósito” dos códigos morais e o modelo de conduta que constituem a inibição da personalidade. Os mecanismos adotados pelo superego tornam-se veículos da tradição e de todos os duradouros julgamentos de valores que, dessa forma, transmitem-se de geração para geração. Ele indica o comportamento de um indivíduo em uma sociedade, impondo-lhe regras como “bom e mau”, “certo e errado”.
Nem o id e nem o superego são realistas, pois agem irrefletidamente: o primeiro buscando de forma indiscriminada o prazer e o segundo, automaticamente a censura. Ou seja: temos duas partes de nossa personalidade que são opostas e geradoras de conflitos.
A fotorressonância gera a oportunidade da manifestação involuntária por parte do paciente de registros presentes na memória do inconsciente, frente às crenças, desejos e hábitos e do que é permitido/proibido ou moral/imoral, regras precursoras da personalidade que fomos programados a respeitar e que, em muitas pessoas, geram um desconforto emocional que bloqueia a qualidade de vida, provocando doenças que poderiam ser evitadas. Nesse sentido, esse exame constitui uma técnica de leitura do inconsciente que possibilita ao profissional treinado identificar quais essências florais devem ser recomendadas àquela pessoa, para atender às suas reais necessidades.
Fotorressonância do subconsciente e PNL
A PNL (programação neurolinguística) é outra abordagem que dá embasamento ao exame de fotorressonância do subconsciente, ajudando a entender a sua efetividade.
A PNL analisa a forma como cada pessoa “codifica” as suas experiências anteriores e como essas “codificações” influenciam em sua vida como um todo, inclusive no que se refere à saúde física e ao equilíbrio emocional. É o estudo de como as pessoas representam a realidade em suas mentes “consciente e inconsciente” e de como podem perceber, descobrir e alterar essa representação para atingir resultados desejados.
De acordo com a PNL, todos os comportamentos nascem dos processos neurológicos (neuro) relacionados à visão, audição, olfato, paladar, tato e sensação. Ou seja, o ser humano é resultado da herança genética, influenciada fortemente pelo meio e o ambiente em que vive.
A partir daí, o indivíduo organiza sua estrutura subjetiva (programação), agindo intencionalmente ou não para produzir resultados. E é importante salientar que os comportamentos que compõem a personalidade, mesmo com o passar dos anos, conservam características que lhes conferem consistência e continuidade.
No exame de fotorressonância, utiliza-se o sistema sensorial associado à visão, para que a pessoa possa comunicar (linguística), por meio do modelo de expressão não-verbal das técnicas de PNL, seus sentimentos, crenças e valores, a serem trabalhados durante o processo terapêutico.
Exemplificando: quando uma pessoa olha para a vitrine de uma doceria (como a da foto), seu cérebro imediatamente produz saliva necessária para o início da digestão do alimento, antes de ela provar o doce escolhido. Na verdade, antes mesmo até de ela decidir qual dos doces deseja comer. A sensação de “água na boca” deriva única e simplesmente do desejo de comer algo doce, não importando qual o sabor específico do alimento. Ou seja, a reação diante da imagem deliciosa é instantânea e automática e independe da vontade ou do comportamento consciente do indivíduo.
O sistema ótico humano transmite a imagem da foto visualizada para o cérebro, que em aproximadamente dois décimos de segundo processa a reação de empatia ou antipatia, diante dos padrões de informações adquiridas na formação básica da personalidade.
Quando positiva, a identificação é agradável e confortável. Quando negativa, gera desconforto e é desagradável. As imagens que despertaram na pessoa sensações/sentimentos agradáveis estão relacionadas a aspectos de sua personalidade que representam uma maior identificação com o “eu”. As imagens desagradáveis estão relacionadas a aspectos da personalidade que representam suas maiores dificuldades.
Para desenvolver o exame de fotorressonância, além das técnicas e ferramentas de PNL, apliquei também os conhecimentos sobre iconografia na leitura de imagens, que já utilizava em outra atividade profissional como consultor técnico de mensagens subliminares em marketing.
A ressonância no sistema de Bach
O exame de fotorressonância do subconsciente baseia-se no mesmo princípio de ressonância pela empatia que o Dr. Edward Bach, médico inglês, homeopata e bacteriologista, utilizou na idealização e desenvolvimento do sistema de florais de Bach, há cerca de 80 anos.
Ele andava pelos campos e à medida que se aproximava de uma ou outra flor sutilmente percebia uma mudança de seu estado de ânimo. Passou, assim, a observar a “assinatura” de cada planta, ou seja, o que ela transmitia por meio de suas formas, cores, histórico e flores, convencendo-se de que determinadas flores, no auge de sua energia, vibram em frequência semelhante à da alma humana em estado de absoluta pureza.
Assim, ele criou uma série de 38 essências vibracionais extraídas, em sua maioria, da flora inglesa silvestre, sendo 37 de flores e uma de água de rocha, para trabalhar as emoções negativas que provocam as doenças.
Sabe-se que muitas doenças são consequências de estados mentais ou sentimentos que temos dificuldades de dominar. Esses estados mentais geram bloqueios de energia, o que acarreta um desequilíbrio em nível psicológico e físico.
O processo de atuação dos remédios florais é extremamente sutil e possibilita que a pessoa estabeleça contato com sua realidade de forma consciente e com estabilidade suficiente para curar-se, pois as essências têm a capacidade de vibrar internamente, resgatando o estado positivo e harmonizando a alma.
A seguir, dois exemplos da interação entre a fotorressonância e a indicação dos florais de Bach.
Nome da essência: LARCH
Fotorressonância: aparência hostil e solitária, camuflada pela falsa imponência.
Essa essência é indicada para pacientes pessimistas, que costumam sabotar a si próprios e arrumar problemas sem motivo, sentindo-se inferiores e deixando de agir devido à falta de confiança em sua capacidade e à expectativa de fracasso.
A essência larch fortalece a alma, trazendo coragem, autoconfiança, expressão criativa, espontaneidade, segurança e determinação.
Nome da essência: CRAB APPLE
Fotorressonância: aparência harmônica, límpida, delicada e perfeita. Flui paz pela cor e formato.
Essa essência é indicada para pacientes que se sentem mental, emocional e/ou fisicamente impuros ou inaceitáveis, envergonhando-se por isso. Apresentam preocupação excessiva de contaminação e mania de limpeza, em relação a impurezas reais ou imaginárias. Costumam se autocensurar e são ansiosos para se livrar de situações incômodas.
A essência crab apple traz pureza interior, discernimento, reconhecimento da beleza interior que está presente em tudo e aceitação do corpo e do mundo físico.
Outras modalidades de práticas integrativas
Ao longo do tempo, pude constatar que os pacientes apresentam resultados mais rápidos e melhores no tratamento de florais, quando o diagnóstico é feito por meio do exame de fotorressonância do subconsciente do que, por exemplo. através da aplicação de questionário com alternativas de respostas. Muitas vezes, eles me pediam para esclarecer o sentido ou significado das alternativas, enquanto que, na fotorressonância, o exame é feito sem interferência do terapeuta. Ou então, ficavam incomodados ou impacientes com tantas perguntas para ler e com as alternativas a escolher. Diversas vezes, ouvi pacientes dizerem “posso responder em casa?” ou “quantas pegadinhas nessas alternativas!”
E quando comecei a aplicar a fotorressonância notei divergências entre os resultados do teste e os relatos feitos pelos pacientes, como consequência do sistema de autodefesa do ego.
Além da terapia de florais, esse exame pode ser útil em outras modalidades de práticas integrativas e complementares. Por exemplo: com base nos resultados descritos no laudo de fotorressonância, um acupunturista poderá observar que as dores na coluna vertebral apresentadas por seu paciente estão relacionadas à rigidez resultante do estado de “pessoa controladora”.
É mais uma técnica que pode contribuir na busca de proporcionar alívio de tensões e equilíbrio físico/mental/emocional aos pacientes, melhorando sua qualidade de vida.
Edson Stahal – Terapeuta naturalista em florais de Bach, practitioner em Programação Neurolinguística (PNL), psicoterapeuta e consultor em mensagens subliminares.