“Se quer paz, prepare-se para a guerra.” – Cícero

Quando desejamos muito a paz, o amor ou a saúde, muitas vezes nos pegamos vivenciando a emoção contrária. Já aconteceu com você desejar uma semana tranquila e a tal semana transformar-se numa sucessão de atribulações e confusões?

Carl Jung, criador da psicologia analítica, por sua vez, percebeu e estudou não só a polaridade entre vida e morte, mas todas as demais polaridades interagindo dentro do que ele chamou de self (o local interno de nossa sabedoria interior que é trabalhado durante a vida toda).

Atendendo seus pacientes, ou escrevendo a sua obra, Jung levava em conta a importância que os contrários têm em nossa vida. Mas por que isso acontece?

Paz é algo tão importante e necessário, que sem ela a vida perde o seu sentido. É um desejo comum a todas as pessoas nesta época tão conturbada.

Mas o que significa essa pequena palavra? “É um estado de calmaria, de harmonia, de concórdia e de tranquilidade, sossego, em que há silêncio e descanso. Falta de problemas ou de violência, relação tranquila entre pessoas. Calma interior, estado de espírito de quem não se perturba.”

Por aí já dá para perceber que não é tão fácil encontrar a tão sonhada paz. Seria ela conseguida quando todas as variáveis externas forem solucionadas, isto é, se é necessário silêncio e descanso (o que raramente temos) encontraríamos a paz? E vice-versa? No barulho e agitação não sentiremos paz?

Paz como uma experiência pessoal

Essa necessidade inerente ao ser humano conta ainda com vários fatores que se somam para perturbar e roubar a tranquilidade: pandemia do Covid-19, conflitos políticos, preocupações, desemprego, decepções e frustrações, entre outros.

Muitas vezes, o ambiente onde vivemos torna-se lugar de confusão, inimizades e divisão. Mesmo dentro da nossa família, trabalho ou religião.

Então precisamos construir esse local dentro de nós, para aprender a separá-lo de tudo o que há lá fora. A experiência pessoal da paz e sua promoção são sinais de maturidade espiritual.

Começamos a perceber que existe uma paz interior que, embora não se caracterize pela ausência de lutas ou adversidades circunstanciais, mostra-se suficiente para trazer discernimento e controle emocional diante de maus momentos.

Ocupar-se de técnicas que tragam paz, como o reiki, ho’oponopono, meditação e outras técnicas vibracionais, e fazer psicoterapia, somadas a atitudes de compaixão, humildade, amor (perdão) e gratidão, podem nos trazer um bem enorme e construir esse lugar aconchegante dentro de nós.

Então isso quer dizer que para termos uma vida psíquica saudável e equilibrada precisamos experimentar um pouco de cada lado do pêndulo para termos uma ideia do todo. Para experimentar a paz é necessário, sim, conhecer o que significa estar na não-paz, a que chamamos de guerra. Quer conhecer profundamente uma emoção e trabalhar nela? O universo lhe trará o seu contrário para que aprenda em situações inusitadas a aplicar o seu objetivo maior!

“A paz começa no eu!”, diz o Dr. Ihaleakalá Hew Len, principal divulgador da técnica ho’oponopono.


Ana Cassia Stamm – Psicoterapeuta vibracional, psicóloga, socióloga, fundadora do projeto Despertar do Ser Terapias Vibracionais e palestrante de temas sobre crescimento pessoal e coletivo, despertar da consciência e propósito e missão de vida.