A floresta amazônica está muito presente na vida dos brasileiros, pois crescemos ouvindo falar sobre ela. Proteger a Amazônia é um discurso que toca o coração não só de vários brasileiros, mas de pessoas do mundo todo. Ela é a maior floresta tropical do planeta Terra e uma referência mundial. Sabemos que, além de sua importância para o clima, essa grande MÃE guarda importantes medicinas para diversas curas da humanidade e muitos conhecimentos através de sua biodiversidade. Um desses saberes é a terapia floral desenvolvida com espécimes da região amazônica.
Essências vibracionais
Os florais são definidos pelo Ministério da Saúde, no Glossário Temático de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, como essências vibracionais derivadas de flores e utilizadas como prática terapêutica para atuar nos estados mentais e emocionais.
Uma flor que desabrocha é a expressão mais sutil de uma determinada planta, de um organismo vegetal.
Os florais constituem preparados simples das águas em que flores ficaram imersas durante algumas horas e podem atuar de forma profunda, proporcionando reequilíbrio dos corpos sutis, nutrição dos padrões de saúde e autoconhecimento por meio de uma reconexão com a natureza externa e com a nossa natureza interna.
Atualmente, são considerados pelos pesquisadores que se dedicam ao estudo desse tipo de terapia como essências de campos de consciência, já que trabalham através da interação desses campos, proporcionando um ajuste de frequência, processo esse que é descrito pela física quântica.
A terapia de florais foi incluída na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) em 2018 e faz parte das práticas integrativas oferecidas por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).
Nos consultórios dos terapeutas florais, a eficácia dessa prática é confirmada pelos interagentes, assim como pelos animais domésticos, podendo se estender para as plantas e o ambiente, já que se trabalha, como foi dito acima, com o conceito de interação dos campos de consciência.
Quando uma pessoa toma floral, ela pode influenciar o meio em que vive, através de sua frequência vibratória ou por suas ações transformadoras.
Aplicações
Como ferramenta terapêutica, a terapia de florais pode ser empregada de maneira profunda, com a prescrição de fórmulas individualizadas para cada paciente, através de um estudo mais detalhado do sistema floral escolhido.
É possível também utilizar apenas alguns florais para situações mais específicas, integrando o tratamento.
Muitas vezes, os pacientes apresentam bloqueios ou desarmonizações nos campos sutis que atrapalham o desenvolvimento do tratamento instituído. As essências florais podem ser usadas para auxiliar e favorecer o tratamento geral e o processo de cura.
Além disso, os florais ajudam muito na manutenção do bem-estar geral do organismo, independentemente do processo de adoecimento.
Eles também podem ser um grande auxílio para os próprios médicos, médicos veterinários e outros profissionais de saúde que, dependendo de sua atuação mais específica, deparam-se de forma intensa com a dor do outro e com situações emocionais extenuantes, além de outros desafios inerentes à área de saúde.
Os florais podem ajudar esses profissionais no aprendizado sobre como interagir com a dor alheia sem prejudicar a si próprio, assim como na proteção do campo energético e na nutrição de padrões de saúde internos, favorecendo o equilíbrio integral do ser, que reverbera em benefícios no processo de cura do próprio médico e de seus pacientes dentro de uma visão sistêmica.
Classificação
O sistema de florais da Amazônia foi canalizado e sistematizado pelas pesquisadoras Isabel Faccini Barsé e Maria Alice Campos Freire, que afirmaram o compromisso de transmitir a mensagem das flores da Amazônia, em maio de 1994, na Floresta Nacional do Purus/Amazonas.
É possível perceber que o aspecto devocional à natureza é um dos fundamentos do sistema de florais da Amazônia. Isso implica o reconhecimento de uma consciência universal expressa na natureza, que possui uma sabedoria própria. O verdadeiro conhecimento está escrito na natureza, como foi citado por outros estudiosos, como Paracelso, Dr. Edward Bach, Jung, Capra, sábios da floresta como o Vô Severino (Severino Laurentino Dantas), que foi muito importante nessa pesquisa e vários outros pajés de sabedoria. A natureza ensina-nos e espelha a nossa própria natureza, a nossa identidade.
De acordo com as cossintonizadoras, a pesquisa iniciou-se de forma intuitiva, porém, em 1996, após o primeiro contato de um público de terapeutas com os florais da Amazônia, sentiu-se a necessidade de aprimorar a linguagem, apresentando uma sistematização que permitisse uma comunicação efetiva com esse público, no sentido de favorecer que a mensagem dos florais da Amazônia fosse difundida no mundo.
A classificação na ordem da natureza constitui a primeira do sistema e já estava manifestada na natureza, ou seja, foi observada e revelada para as cossintonizadoras, que decodificaram seu significado terapêutico.
Por exemplo: se olharmos para a mata virgem, que é a floresta intocada pela ação do homem, a mata original, veremos os grupos das grandes árvores, dos cipós, das epífitas, dos arbustos e dos fungos. Os grupos interagem entre si e possuem uma manifestação característica e própria. O cipó movimenta-se de uma árvore para outra ou para um arbusto, desce e sobe sem impedimento. Faz a conexão e a comunicação entre seres da floresta. Sendo assim, sua essência floral atuará com uma ação desbloqueante, fazendo circular a energia e favorecendo a comunicação dos níveis internos, além de imprimir agilidade à fórmula. E, sendo uma flor da mata virgem, trabalhará em níveis internos profundos da consciência, acionando memórias ancestrais e informações ligadas à origem, aos ciclos e às leis intrínsecas. Atua sobre os padrões originais do ser humano.
Além da mata virgem, temos mais dois outros grupos: a capoeira, que é a mata secundária e que trabalha nos níveis de processamento dos impactos que o ser original sofre, dos desafios da vida corpórea e ainda o grupo das flores cultivadas, que trabalham no processamento da resposta, no autocultivo e na forma como esse ser se relaciona com o meio em que vive.
Assim como na floresta, esses grupos dentro da fórmula floral também conversam entre si e se integram, potencializando a resposta terapêutica.
Outra importante classificação que assessora no diagnóstico e na conduta terapêutica é aquela feita segundo a elementoterapia, ou seja, de acordo com os atributos dos elementos (água, ar, fogo e terra) em interação em cada flor e sua ação no campo humano.
Equilíbrio e padrões originais de saúde
Os florais da Amazônia são um exemplo de resgaste da saúde por meio da natureza. Como afirmam as cossintonizadoras, “o ser humano resgata seu estado de equilíbrio ou seus padrões originais de comportamento saudável, através da observação ou do espelhamento do comportamento dos seres elementais dos reinos da natureza, expressos nas flores. Dentro desta concepção o indivíduo vai estudar os seus desequilíbrios à luz da consciência de suas emoções e sentimentos e vai percorrer o caminho da lembrança de como alterou seus padrões de saúde e chegou até mesmo a se fragilizar e a se tornar vulnerável aos agentes patológicos, como os vírus, bactérias, etc. Portanto, nossa visão, marcada por forte influência das tradições seculares ou milenares da floresta amazônica, encontrou nesta atual explicação científica da terapia floral um suporte e um parâmetro universal na proposta de alinhamento entre todos os que pesquisam em benefício da saúde da humanidade, com pureza de intenções”.
Um sistema floral brasileiro, oriundo da floresta amazônica brasileira, que, além de ser uma terapia eficaz, traz uma mensagem de paz, harmonia e esperança para todos os filhos da Terra.
Juliana Contrera Belé – Médica veterinária integrativa formada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), mestre em ciência animal, especialista em homeopatia veterinária, consultora em nutrição natural para cães e gatos, multiplicadora do sistema de florais da Amazônia, contribuindo para o estudo da aplicação da terapia floral em animais domésticos e pesquisadora de outras terapias naturais e da espiritualidade dos animais.