Teoria das metástases e o cérebro biológico

A teoria das metástases propõe que células cancerosas surgem de um câncer primário, viajam pelo sangue e pela linfa, ligando-se randomicamente a outros órgãos, onde podem causar um segundo crescimento canceroso. O processo é entendido como sendo incontrolável, constituído por células mutacionais, “malignas”, que agem como que por sua própria conta, contra a ordem normal e inteligência do corpo.

Nos séculos XVII e XVIII, as infecções e os tumores eram considerados “materiais mórbidos” que, se não excretados ou drenados para fora do organismo, poderiam se acumular e se tornar “malignos” e levar à morte, caso se espalhassem para outras partes do corpo. Quando se entendia que o câncer ou infecção havia se espalhado para um outro órgão, denominava-se esse processo de “metástase”. Terapias médicas como punção, lancetamento, sangria e envenenamento eram solicitados para ajudar na drenagem das substâncias “mortais”.

No século XIX, os microrganismos foram incluídos no catálogo de “materiais mórbidos” e a teoria dos germes de Pasteur tornou-se prevalente em dar suporte à teoria das metástases.

No século XX, as células de câncer, bactérias, vírus e fungos juntaram-se à lista como agentes causadores de enfermidades. Ao longo do tempo, através dos séculos, os “materiais mórbidos” foram denominados por termos diferentes, mas a teoria subjacente manteve-se a mesma.

Na medicina de hoje, tanto na chamada alopatia como na naturopatia, assume-se que os microrganismos, assim como as células cancerígenas, agem contra o corpo e que o organismo humano está fora de controle do processo. Até o presente momento, entende-se que o ser humano encontra-se “em guerra” contra forças do mal que tentam agredi-lo e destrui-lo. A maioria dos axiomas em que a teoria médica se baseia continua enraizada em eras negras de medo e superstição, ignorando a inteligência criativa que permeia a natureza e o ser humano.

Teoria das metástases à luz das descobertas de Hamer

A teoria das metástases desconsidera que a função de toda célula do corpo é controlada pelo cérebro. Ao invés, trata cada célula como um organismo senescente executando seu próprio trabalho. Um século de pesquisa médica confirmou que o cérebro é um centro coordenador bioelétrico que regula os processos bioquímicos do corpo, incluindo as alterações patológicas dos tecidos e das células. Como afirma Robert H. Walker, em Functional Processes of Disease, mesmo as “doenças infecciosas não podem progredir quando os nervos para um determinado órgão são seccionados”, o que prova que até as atividades dos microrganismos estão controladas pelo cérebro.

Com base no fato científico de que as funções cerebrais constituem o centro coordenador biológico do corpo, o Dr. Ryke Geerd Hamer identificou a psique como um terceiro componente que interage simultaneamente com o cérebro e as células e tecidos do organismo. Através de análises de tomografias computadorizadas cerebrais de seus pacientes, ele encontrou evidências de que o “choque de um conflito” (DHS) ocorre não apenas na psique, mas também na área do cérebro que se correlaciona com aquele tipo de conflito em particular. No instante em que o cérebro registra o conflito, imediatamente a informação é transmitida ao órgão correspondente e, nesse momento, um programa especial biológico específico é ativado para assistir o organismo, tanto para o nível psicológico quanto para o nível físico, durante a crise. Assim, o câncer ou crescimento tumoral é uma resposta biológica significativa a uma situação de conflito específica. Numa tomografia cerebral, o impacto de cada conflito é visto por uma série de fortes anéis concêntricos que surgem na área do cérebro afetada (Figura 1).

Comparando milhares de imagens tomográficas de seus pacientes com seus registros médicos e suas histórias, o Dr. Hamer pode estabelecer, de modo claro e determinante, a localização exata a partir de onde cada programa biológico específico é coordenado. O resultado dessa pesquisa inovadora levou à criação do esquema científico da nova medicina germânica.

Firmemente ancorados pela ciência da embriologia, os descobrimentos de Hamer oferecem uma prova científica de que a correlação mediada pelo cérebro entre a psique e o corpo é inerente a todo organismo. Isso quer dizer que todo organismo responde a um conflito de medo da morte com um câncer de pulmão, a um conflito existencial do tipo “sentir-se um peixe fora d’água”, com um câncer de rim ou a um conflito de preocupação com a cria, com um câncer de mama (mamíferos e humanos).

A razão pela qual todas as criaturas respondem ao mesmo tipo de conflito com o mesmo tipo de órgão é que, seja num peixe, réptil, mamífero ou humano, todos os órgãos de todas as espécies podem ser rastreados a partir de um dos três folhetos embriológicos que se desenvolvem durante o período inicial do estágio embrionário. Para ser mais exato, os pulmões, o coração ou os ossos de todo ser vivente são formados pelo mesmo tipo de folheto germinativo e, assim, pelo mesmo tipo de tecido.  Por conta dessa relação profunda e comum em termos da origem do ser humano, é que Hamer refere-se a conflitos biológicos e não conflitos psicológicos.

Células cancerosas não atravessam a barreira tecidual

O modo pelo qual os centros cerebrais individuais são dispostos segue uma ordem natural. A localização desses centros mostra que todos os tecidos que derivam do mesmo folheto embrionário são controlados pela mesma área cerebral. Assim, todos os tecidos que derivam do endoderma são controlados pelo tronco cerebral. Todos os tecidos mesodérmicos são controlados pelo cerebelo ou pela medula cerebral. E todos os tecidos ectodérmicos são controlados pelo córtex cerebral. Em nível dos órgãos já não se observa essa condição, pois órgãos derivados do mesmo folheto podem se localizar em diferentes partes do corpo, a exemplo do reto e da laringe. No entanto, nos centros cerebrais, os órgãos com o mesmo tipo de tecido estão posicionados lado a lado em perfeita ordem. Então, toda doença envolve centros cerebrais específicos que se correlacionam com os tecidos e órgãos em conflitos específicos.

Em nenhuma circunstância células cancerosas têm como metastizar em outro órgão de origem embrionária diferente, controlado por outro centro cerebral não afetado, assim como não há forma de as células se “espalharem” para outros tecidos de outra origem embriológica, ou seja, de outro folheto germinativo. Células cancerosas, microrganismos e sintomas associados são absolutamente relacionados ao órgão ou tecido para o qual o cérebro ativou um programa biológico especial significativo (SBS).

Na terceira lei de Hamer, é dada uma classificação lógica e coerente das doenças, de acordo com os tecidos e folhetos embrionários. No que se refere ao câncer, o “sistema ontogenético dos tumores” mostra que ele se desenvolve nas situações descritas a seguir.

Na fase ativa do conflito – para os órgãos e tecidos controlados pelo cérebro antigo (tronco cerebral, de origem endodérmica e cerebelo, de origem mesodérmica antiga), onde o crescimento do tumor tem o significado biológico de aumentar a função do órgão para facilitar a resolução do conflito.

Na fase de cura – para os órgãos e tecidos controlados pelo cérebro novo (medula cerebral, de origem mesodérmica nova e córtex cerebral), onde o crescimento do tumor se dá como parte das reações de preenchimento dos tecidos e órgãos, depois da solução do conflito.

De qualquer maneira, há sempre um significado biológico, desprendendo-se do conceito de doença e, mais ainda, de doença maligna.

O significado de cânceres secundários pela nova medicina germânica

A nova medicina germânica não discute a existência de um segundo câncer ou cânceres múltiplos. Considera que eles são resultado de choques de conflitos simultâneos ou sequenciados, envolvendo órgãos que são correlacionados aos tipos de conflitos presentes. Essa condição aplica-se a todos os casos, sem exceção. De acordo com o National Cancer Institute, nos Estados Unidos, as metástases ocorrem, para a maioria dos cânceres, em órgãos como o pulmão, fígado, linfonodos, ossos ou cérebro. De acordo com a nova medicina germânica, a evidência do porquê isso ocorre é aparente.

O câncer de pulmão está biologicamente ligado ao conflito de medo da morte. Como um câncer secundário, ele é resultado do próprio diagnóstico ou prognóstico do câncer primário, com significado para o paciente de “uma sentença de morte”. A figura abaixo mostra uma tomografia onde se vê o sinal de halos concêntricos na área cerebral correspondente ao pulmão.

Câncer de pulmão - tomografia cerebral com anéis concêntricos
Figura 1 – Tomografia cerebral e câncer de pulmão: presença dos anéis concêntricos

No momento em que o conflito de medo da morte impacta o cérebro, percebido pela psique, os alvéolos começam a se multiplicar para aumentar a capacidade de processar mais oxigênio. Biologicamente, o significado do medo da morte remete à condição de não ser capaz de respirar. O sentido do aumento do número de alvéolos tem o claro objetivo de incrementar a capacidade de respirar diante do medo da morte. Considerando a quantidade de pessoas que se assustam mortalmente com os diagnósticos de câncer, compreende-se melhor por que o câncer de pulmão é o que mais leva pessoas à morte.

Cânceres múltiplos estão relacionados a aspectos diferentes de um mesmo conflito (DHS). Assim, uma pessoa pode se perceber fortemente afetada por um conflito e isso resultar na ativação de diferentes programas biológicos (SBS). Exemplo: pode-se experimentar um medo de passar fome, o que desencadeará um câncer de fígado e, simultaneamente, vivenciar um conflito existencial, o que desencadeará um câncer de rim.

O câncer ósseo tem uma relação direta com o conflito de autodesvalorização, que é uma percepção também muito comum no curso da doença, envolvendo diagnóstico, prognóstico e consequências de tratamentos. Durante a fase ativa do conflito, há uma lesão osteolítica de um osso localizado próximo à área afetada, como no câncer de próstata. Isso explica por que cerca de 60% das “metástases” de câncer de próstata ocorrem na pelve ou coluna lombar. No caso do câncer de mama, também esclarece por que a maioria das “metástases” localiza-se nas costelas ou no esterno. Essa mesma condição explica ainda por que os linfomas ocorrem como “metástases” comuns a esses cânceres, em locais próximos às áreas afetadas. São frutos de conflitos de autodesvalorização, quando os pacientes sentem-se incapazes física ou sexualmente ou com sua autoestima comprometida.

Teoria das metástases e as pesquisas de Hamer

A teoria médica corrente é de que as células de um câncer metastático são do mesmo tipo que as células do tumor primário. Portanto, acredita-se que as células de um tumor de mama que metastizam nos ossos são as mesmas. Entretanto, em 2006, o Dr. Vincent Guiguère, um pesquisador de câncer do Centro de Saúde da Universidade McGill, em Montreal, determinou o oposto dessa teoria, estabelecendo que as células do câncer de mama movem-se para os ossos. Segundo o próprio Dr. Vincent, “esta é uma façanha, pois as células da mama precisam antes passar pela metamorfose de se transformarem em células ósseas e há que se descobrir como isso pode acontecer” (Fonte: The Globe and Mail).

De acordo com as pesquisas do Dr. Hamer, nenhuma dessas duas teorias pode ser verificada, uma vez que elas assumem que o câncer surge no corpo quando supostamente células sadias mutam para células malignas. Esse conceito falha ao não considerar que cânceres, assim como todos os processos corporais, são controlados pelo cérebro e que, na verdade, as células cancerosas são originadas na psique. Não se tem qualquer comprovação da capacidade das células de se transformarem em outras de um tipo diferente, ultrapassando a barreira desse sistema biológico bem implantado e que opera há centenas de milhares de anos no ser humano e há milhões de anos em seres vivos mais rudimentares. As teorias convencionais que explicam as metástases ignoram a relação histológica existente entre todas e qualquer tipo de células tumorais e sua origem embrionária.

Câncer ductal de seio - origem de acordo com os folhetos embrionários
Figura 2 – Câncer ductal de seio e os folhetos embrionários

A título de exemplo toma-se o caso de um câncer ductal de seio (Figura 2). A cobertura ectodérmica dos ductos mamários, considerando inclusive os casos de tumores intraductais, é controlada pelo córtex cerebral, enquanto que os ossos, que são de origem mesodérmica, são controlados pela medula cerebral. Um câncer intraductal mamário é ligado a um “conflito de separação” e desenvolve-se exclusivamente durante a fase de cura (segunda fase), depois de solucionado o conflito. Já o câncer ósseo desenvolve–se durante a fase ativa de um “conflito de autodesvalorização”, ou seja, na primeira fase. Assim, se o câncer ósseo é secundário ao de mama, ele só pode ser causado por um conflito de autodesvalorização, experimentado em um momento em que o câncer de mama estava já em fase de cura.

O que faz o conceito de que um “câncer de mama pode irradiar para os ossos” ainda mais irracional é a tão chamada metástase osteoclástica (em que se considera que um câncer primário, como o de mama ou de próstata, “irradiou-se para os ossos”). Por definição, o que ocorre nessa situação não é um tumor de crescimento, mas o oposto, nomeadamente um tumor de perda óssea. Como as células do câncer de mama conseguem desenvolver cavidades nos ossos sem o envolvimento do cérebro ainda é algo a ser elucidado.

Os patologistas afirmam que podem identificar a origem de um câncer secundário a partir de uma biópsia (análise de uma amostra de tecido). A prática corrente é a de se usar corantes e anticorpos para identificar proteínas que são típicas de um tumor específico. Esse método é chamado de técnica imuno-histoquímica. No entanto, um olhar crítico em relação a esse método rapidamente revela que o que se identifica são proteínas liberadas de um tumor e não o câncer metastatizante. Um comentário divulgado no site de educação da UCLA (já retirado) dizia que “embora a análise seja simples, com frequência apresenta baixa especificidade e sensibilidade e não provê medidas adequadas no que concerne ao comportamento da célula tumoral”.

Para a nova medicina germânica, a liberação de proteínas de um tumor é uma parte natural do processo de cura, particularmente quando o tumor é decomposto pelo bacilo da tuberculose durante a fase de cura, como ocorre no caso de um câncer de mama, por exemplo. Na medida em que o corpo decompõe células que se tornaram supérfluas, proteínas são liberadas na corrente sanguínea. A técnica imuno-histoquímica está apenas rastreando essas proteínas, dando a impressão de que se está rastreando a célula cancerosa viva.

Mais recentemente, o método de biópsia líquida trouxe novos elementos para o diagnóstico e prognóstico em oncologia. Há análises diversas em termos de eficácia terapêutica de acordo com os tipos de cânceres identificados. Basicamente, o reconhecimento se dá por marcadores como células tumorais circulantes (CtCs) e DNA circulante tumoral (ctDNA). Embora a pesquisa em oncologia considere um avanço o advento da biópsia líquida, esta não substitui a análise histoquímica realizada pelas biópsias comuns.

A teoria convencional de como as metástases são produzidas baseia-se na hipótese de que as células cancerígenas viajam pela corrente sanguínea ou pela corrente linfática para alcançar outras localizações. No entanto, até hoje não se tem registro de terem sido encontradas e identificadas células cancerígenas no sangue ou fluido linfático de pacientes com câncer. Somente anticorpos foram encontrados e estes não evidenciam a existência de células cancerígenas metastáticas viáveis propriamente. Esse, aliás, é o mesmo método indireto pelo qual se busca provar evidências de vírus para as infecções virais.

Células cancerosas de um tumor primário nunca foram encontradas ligadas a um outro órgão ou tecido fazendo crescer um novo tumor. Só mesmo anticorpos ou proteínas foram detectados em outro câncer secundário. Em experimentos realizados no Departamento de Medicina Interna, do Comprehensive Cancer Center/University of Michigan Medical School, nos quais milhões de células cancerígenas foram injetadas na corrente sanguínea, tumores secundários raramente ocorreram. “Usando um modelo em que células de câncer de mama foram injetadas em ratos imunologicamente suprimidos, viu-se que somente um pequeno número de células cancerígenas foi capaz de produzir um novo câncer (Fonte: Proceedings of the National Academy of Science of the USA).

Teoria das metástases: perguntas sem respostas

Algumas perguntas são interessantes de serem discutidas dentro dos parâmetros convencionais da teoria das metástases e podem demonstrar a incoerência e insustentabilidade dessa hipótese.

Se é fato que as células cancerosas são transportadas na corrente sanguínea, por que o sangue doado não é rastreado para células cancerosas e por que as pessoas não são orientadas e alertadas sobre o possível contato com sangue de pacientes com câncer?

Se as células cancerosas viajam pela corrente sanguínea, por que os cânceres que acometem a parede dos vasos e o coração não são os mais frequentes, já que são os tecidos mais expostos ao contato com essas células?

Se é fato que as células cancerosas se metastizam pela corrente linfática, como é possível que os pulmões ou ossos sejam acometidos (estatisticamente os órgãos mais frequentes onde se desenvolvem metástases), uma vez que eles não são supridos pela corrente linfática?

Se é fato que as células cancerosas deslocam-se pela corrente sanguínea ou linfática, por que as células de um câncer primário raramente se transferem para um tecido ou órgão adjacente, como do útero para a cérvix ou do osso para o tecido muscular vizinho?

Se é fato que o câncer pode se metastizar no tecido cerebral, como as células cancerosas ultrapassam a barreira hematoencefálica, se esta funciona como um filtro que previne que substâncias nocivas penetrem no cérebro?

Por que nunca se soube de células metastáticas cerebrais que migram para outros órgãos ou tecidos, como próstata, mama ou osso? Com base nessa doutrina, significaria uma metástase pulmonar, óssea ou mamaria de um câncer cerebral primário.

Hamer estabeleceu, através de seus estudos na década de 80, que os chamados tumores de cérebro não são, como interpretados, crescimentos anormais no tecido cerebral. Eles são compostos de células gliais (tecido conjuntivo cerebral) que naturalmente se acumulam, na segunda metade da fase de cura (PCL – fase B), na área cerebral a que paralelamente corresponde o órgão em fase de cura, e que, portanto, também está em fase de cura. Esse é o processo de cura glial que ocorre em qualquer dada fase de cura, da mesma forma que num rash cutâneo, hemorroidas, resfriado, infecção urinária ou câncer. É uma indicação absoluta de que o conflito biológico foi resolvido e que a psique, o cérebro e o órgão estão em estágio avançado e final de cura.

Como o câncer se metastiza ainda permanece um mistério (Fonte: Yale University – 2009). Ao longo dos anos, muitas hipóteses foram desenvolvidas para tentar explicar a ineficiência do processo de metastização do câncer, mas nenhuma delas pode esclarecer inteiramente as observações clínicas e biológicas correntes (Fonte: Breast Cancer Research – 2008).


Dr. Maurílio Brandão – Médico homeopata, acupunturista, especialista em medicina ortomolecular e medicina integrativa e praticante e divulgador da nova medicina germânica no Brasil.