Telomerase e a nova medicina germânica

O desenvolvimento de pesquisas genéticas levou à descoberta da telomerase, enzima com função preservadora dos telômeros (extremidades dos cromossomos) e papel importante na replicação celular. Isso gerou hipóteses diversas, dentre as quais a possibilidade de se controlar e impedir o crescimento de tumores por meio da inibição da telomerase.

Neste artigo, discute-se a questão com base no conhecimento trazido pela nova medicina germânica (NMG) e numa interpretação contemporânea das chamadas leis de Hamer, mostrando que, enquanto na medicina convencional os tumores são vistos como desordens fisiológicas do organismo, na NMG as enfermidades são interpretadas como movimentos programados e coordenados da natureza com propósitos e funções biológicas específicas.

O telômero e a telomerase

O advento da medicina genética trouxe espaço para um avanço considerável no conhecimento, com grande aprofundamento do que se sabia sobre estruturas como os genes e o DNA, ainda hoje pouco conhecidas.

As pesquisas vêm de décadas atrás, quando, em 1933, Thomas H. Morgan descobriu a função dos cromossomos, pelo que recebeu o Prêmio Nobel. Na sequência, Hermann Muller, também ganhador do Prêmio Nobel em 1946, esclareceu que as pontas constitucionais dos cromossomos, os telômeros, impediam ou dificultavam a ocorrência de eventos danosos. Em 1965, Leonard Hayflick fez a primeira observação direta do fenômeno de morte celular sem pré-replicação. Em homenagem a esse cientista o comprimento mínimo que os telômeros podem alcançar veio a ser chamado de limite de Hayflick. Elizabeth H. Blackburn, Jack W. Szostak e Carol W. Greider, ganhadores do Prêmio Nobel em 2009, elucidaram como as terminações dos cromossomos são poupadas da erosão e dos rearranjos durante as divisões celulares. Assim foi que esses cientistas identificaram a enzima formadora dos telômeros, a telomerase.

Sem os telômeros, a parte principal que contém genes essenciais para a vida, os cromossomos, tendem a ficar progressivamente mais curtos a cada vez que uma célula se divide, com consequente encurtamento do tempo de vida da célula e, portanto, encurtamento da vida do indivíduo. As extremidades dos cromossomos podem se fundir e degradar o mapa genético das células, trazendo um mal funcionamento das mesmas, a ponto de se tornarem cancerosas, ou provocando morte celular. No processo natural, toda vez que a célula se divide, os telômeros se encurtam. Esse processo está associado com o envelhecimento, ocorrência de câncer e um maior risco de morte.

As células normalmente podem se dividir cerca de 50 a 70 vezes durante a vida. Cada vez que uma célula se divide, a pessoa perde em média 20 a 200 pares de bases, a partir das extremidades dos telômeros. Os telômeros são sintetizados no final da replicação do DNA pela enzima telomerase, que é uma transcriptase reversa, pois sintetiza DNA tendo por molde uma molécula de RNA.

O encurtamento dos telômeros também pode eliminar certos genes que são indispensáveis à sobrevivência da célula ou silenciar genes próximos. Os telômeros funcionam como um protetor para os cromossomos, assegurando que a informação genética (DNA) relevante seja perfeitamente copiada quando a célula se duplica.

O cérebro biológico

Com base no fato científico de que as funções cerebrais constituem o centro coordenador biológico do corpo, o Dr. Ryke Geerd Hamer incluiu a psique como um terceiro componente que interage simultaneamente com o cérebro e as células e tecidos do organismo.

Através de análises de tomografias computadorizadas cerebrais de seus pacientes, o Dr. Hamer encontrou evidências de que o “choque de um conflito” (DHS) ocorre não apenas na psique, mas também na área do cérebro que se correlaciona com aquele tipo de conflito em particular. No momento em que o cérebro registra o conflito, imediatamente a informação é transmitida ao órgão correspondente e, nesse momento, um programa especial biológico específico é ativado para assistir o organismo, tanto para o nível psicológico quanto para o nível físico, durante a crise. Assim, o câncer ou crescimento tumoral é uma resposta biológica significativa a uma situação de conflito específica.

Firmemente ancorados pela ciência da embriologia, os descobrimentos de Hamer oferecem uma prova científica de que a correlação mediada pelo cérebro entre a psique e o corpo é inerente a todo organismo.

A razão pela qual todas as criaturas respondem ao mesmo tipo de conflito com o mesmo tipo de órgão é que, quer seja num peixe, num réptil, num mamífero ou num humano, todos os órgãos de todas as espécies podem ser rastreados a partir de um dos três folhetos embriológicos que se desenvolvem durante o período inicial do estágio embrionário. Para ser mais exato, os pulmões, o coração ou os ossos de todo ser vivente são formados pelo mesmo tipo de folheto germinativo e, portanto, pelo mesmo tipo de tecido. Assim, por conta da relação profunda e comum em termos da origem do ser humano é que Hamer refere-se a conflitos biológicos e não conflitos psicológicos.

Correlação entre os centros cerebrais e os órgãos e tecidos

O modo pelo qual os centros cerebrais individuais são dispostos segue uma ordem natural. A localização dos centros cerebrais mostra que todos os tecidos que derivam do mesmo folheto embrionário são controlados pela mesma área cerebral. Assim, todos os tecidos que derivam do endoderma são controlados pelo tronco cerebral. Todos os tecidos mesodérmicos são controlados pelo cerebelo ou pela medula cerebral. Todos os tecidos ectodérmicos são controlados pelo córtex cerebral.

No que se refere ao órgão, já não se observa essa condição, pois órgãos derivados do mesmo folheto podem se localizar em diferentes partes do corpo, a exemplo do reto e da laringe. No entanto, nos centros cerebrais os órgãos do mesmo tipo de tecido estão posicionados lado a lado em perfeita ordem. Então, toda doença envolve centros cerebrais específicos que se correlacionam com os tecidos e órgãos em conflitos específicos.

Telomerase e sua importância nos processos fisiológicos

A visão aplicada aos descobrimentos sobre o telômero e a telomerase, segundo as descrições dos próprios pesquisadores e a divulgação de seus resultados, mantém-se atida ao enfoque do câncer como um estado degenerativo e de perda de função ordenada do crescimento celular. Nessa ótica, a telomerase assume então o papel de perpetuar a forma de crescimento entendida como desordenada, sendo que sua supressão poderia assim ser um mecanismo de controle do crescimento tumoral e mesmo levar as células cancerosas à morte, como uma forma de tratamento.

No entanto, como também foi verificado pelas próprias pesquisas, a telomerase exerce um papel fundamental, pois sabe-se que seu bloqueio no organismo como um todo pode comprometer a fertilidade, a cicatrização de feridas e a produção de células sanguíneas e do sistema imunológico. Aí se interpõe uma barreira importante quanto ao bloqueio da telomerase, uma vez que isso estabeleceria um risco à vida que poderia ser mais grave do que o próprio câncer.

Com frequência, os métodos terapêuticos convencionais se dão às custas dos chamados efeitos colaterais, que são considerados dentro de uma análise de custo-benefício que ajuda a concluir pela aplicabilidade dos mesmos. Nesse caso, aparentemente a possibilidade de bloqueio da telomerase apresenta-se como inaplicável.

Contudo, essa constatação dá margem a uma explicação com base nos conceitos da nova medicina germânica, que demonstra que a atividade da telomerase é coordenada a partir do cérebro de acordo com a evolução do conflito biológico e com a fase em que ele se encontra, as quais, por sua vez, estão correlacionadas ao tipo de conflito e tecido envolvido.

Assim, a atividade da telomerase como fator de multiplicação celular e, consequentemente, de crescimento tumoral é parte de uma maneira que o organismo tem de responder ao estímulo de aumento da função de um órgão durante a fase ativa do conflito. Quando o diagnóstico de câncer se dá durante a fase de multiplicação celular, a telomerase está agindo no crescimento do tumor. Quando isso acontece numa fase mais adiantada, em que, como explica a nova medicina germânica, há necrose do tecido tumoral, essa atividade já não existe da mesma forma. Sendo assim, pode-se estabelecer que a telomerase deixa de atuar como fator de multiplicação celular no momento em que, por resolução do conflito, não há mais razão para que esse processo continue. Uma vez que o propósito biológico do crescimento tumoral foi alcançado, o organismo passa à segunda fase, também chamada fase de cura.

Na fase de cura, caso o conflito biológico tenha sido da natureza que acomete os tecidos do mesoderma novo ou ectoderma, haverá o processo de reconstituição dos tecidos, que pode ter a participação de microrganismos e subsequente crescimento de tecido cicatricial, onde, mais uma vez, pode-se identificar a ação da telomerase.

Neste caso, a primeira fase, a fase do conflito ativo, terá se constituído de ulceração do tecido, com o propósito biológico de aumentar a passagem de algum fluido orgânico. Assim, considerando o que mostra a nova medicina germânica, a telomerase expressa sua característica fisiológica de proteção do telômero e fator de multiplicação celular em momentos diferentes da evolução natural do câncer. Isso compreende uma ação e um propósito de importância bem maior, que diz respeito à sobrevivência e que assegura, muito mais do que o crescimento tumoral, a própria evolução da espécie como um todo.

Outro aspecto a ser considerado é que a telomerase e sua ação não estão relacionadas apenas à atividade cancerígena. Percebe-se claramente que a telomerase está ativa em processos fisiológicos importantes, como no ciclo dos espermatozoides e óvulos, assim como em células sanguíneas e em outros processos em que a multiplicação celular é uma constante. Isso demonstra a existência de um controle superior que coordena as atividades das quais a ação da telomerase faz parte.

Embora a telomerase seja associada como possível marcador de malignidade e de prognóstico, sua presença em estados fisiológicos traz um paradoxo difícil de ser compreendido nesse raciocínio. Aqui mais uma vez, aplica-se o conhecimento da nova medicina germânica de modo bastante ajustado ao processo fisiológico, demonstrando que o controle do crescimento e multiplicação é dependente de comandos múltiplos e específicos, sendo que esse detalhe da duplicação celular obedece fiel e ordenadamente a propósitos bem definidos.

Assim, a telomerase é, com sua incontestável importância, um modo pelo qual o organismo procede em evoluções integradas e independentes. A multiplicação celular pode exercer sua influência enzimática na produção de espermatozoides e óvulos e, simultaneamente, no aumento de função intencionado de um órgão como o pulmão, num processo expansivo denominado carcinoma. Nesse último caso, certamente a pessoa terá passado por uma experiência em seu contexto, em que vivenciou uma percepção de medo da morte e que esta poderia se dar pela falta de capacidade de respirar. Embora pareça simplista, todo o conjunto complexo de processos celulares, metabólicos, enzimáticos, bioquímicos e de outras ordens, como já identificados pela própria ciência, estão presentes. Essa análise pode ser verificada em cada caso, além de ser comprovada por imagens tomográficas e ter seu prognóstico definido de acordo com a identificação da fase do conflito.

Metástases

No que se refere à ocorrência de metástases, outra vez se evidencia a ação da natureza e seus propósitos, em que a telomerase pode ser estimulada a entrar em atividade.

De acordo com a nova medicina germânica, as metástases podem se dar em função da ocorrência de conflitos simultâneos ou subsequentes. Exemplo: um caso de câncer de pulmão. O conflito do medo da morte poderia decorrer do recebimento, por parte do paciente, do diagnóstico de uma outra patologia neoplásica ou não. No momento em que a pessoa vivencia esse medo da morte diante do conhecimento do diagnóstico sobre a outra patologia, aciona-se um novo conflito, que evolui na forma do câncer de pulmão. Se a outra patologia for neoplásica, ter-se-á uma chamada metástase, senão, um câncer primário.

Mudando paradigmas

Mesmo que a pesquisa científica revele dados de suma importância para melhor compreensão dos processos, ainda há muitos aspectos pouco entendidos pela ciência, como no caso dos estudos sobre genoma.

O que pode realmente levar a um melhor aproveitamento é a mudança dos paradigmas em que a pesquisa médica se encontra, assim como outros segmentos científicos. A pesquisa médica atual baseia-se num paradigma que traz uma interpretação secular sobre o conceito de saúde e doença e que se torna insustentável para explicar fenômenos que evidenciam claramente as contradições e limitações desse modelo.

Nesse sentido, a nova medicina germânica traz descobrimentos que, no mínimo, cabem ser discutidos e questionados, para que possam ser confirmados ou contestados.

A base em que se apoia o conhecimento da nova medicina germânica é, em boa parte, proveniente do próprio acúmulo de informações já existentes nas cadeiras da embriologia, anatomia, neuroanatomia, histologia, fisiologia e mesmo antropologia e outras ciências naturais, que guardam uma ampla gama de dados sobre os quais se assenta o saber médico.

Conclusão

A nova medicina germânica está fundamentada em ciências naturais em vez de teorias. Com base nas cinco leis biológicas definidas pelo Dr. Hamer, aprende-se a entender que patologias como o câncer não são, como assumido, erros da natureza, um mal funcionamento do organismo. Ao invés, são processos biológicos significativos e compreensíveis no contexto da evolução e de como o ser humano desenvolveu-se ao longo do tempo.

As descobertas do Dr. Hamer oferecem um sistema científico completo que permite identificar as causas das doenças, prever seu desenvolvimento acuradamente e reconhecer os sintomas que indicam a cura.

A mudança para esse novo paradigma médico envolve abordagens inovadoras e instigantes a respeito de diagnóstico, prognóstico, tratamento e prevenção.

A nova medicina germânica oferece a oportunidade de se interpretar e aproveitar grande parte do conhecimento resultante da pesquisa científica e de trazer, por meio da estatística e de outras ciências, possibilidades comprobatórias de seus fundamentos, em vez de apenas estabelecer novas hipóteses e afirmações que repousam sobre probabilidades. Englobando as ciências naturais, estabelece o conhecimento de forma empírica e sólida, com base no qual a aplicação clínica torna-se mais efetiva e previsível.

Do ponto de vista do benefício proporcionado aos pacientes ou padecentes de enfermidades, a nova medicina germânica é imensamente contributiva e traz perspectivas bem diferentes. Uma delas a se destacar é a de colocar as pessoas na posição ativa de protagonistas de suas próprias histórias, dando a elas a oportunidade clara de perceberem sua responsabilidade diante de uma enfermidade e a possibilidade concreta de compreenderem por que, como e com qual objetivo tudo se passa.

Essa compreensão deixa de ser apenas do médico, como na maioria das vezes tende a ocorrer numa abordagem tradicional. Afora as situações em que, por limitação do conhecimento do profissional, nem o paciente nem o médico conseguem compreender. Através da aplicação do conhecimento trazido pela nova medicina germânica, poucas ou nenhuma situação foge à compreensão do médico, que tem bases claras e pode explicar ao paciente o que se passa, por que ocorre, o que é previsto e qual o propósito.

Essas informações proporcionam condições muito melhores para minimizar ou eliminar a dúvida e o medo, que podem gerar consequências ainda mais graves na evolução do processo na vida das pessoas. Pela compreensão trazida pela nova medicina germânica, elas encontram bem mais facilmente maneiras de interagir não apenas com a enfermidade em si, mas também com a busca de uma solução do conflito elucidado, o que pode, por sua vez, levar à interrupção imediata de um processo tumoral e já encaminhá-lo para a fase de cura, de modo bem situado e, portanto, sem dúvida e medo.

Ou, dependendo do momento em que a pessoa se encontra, ela pode ser informada de que aquilo que está ocorrendo já constitui a fase de cura, o que indica que o conflito foi resolvido e que cabe a ela, mais uma vez sem dúvida e medo, manter uma postura adequada e eventualmente utilizar recursos terapêuticos que ajudem a fazer com que o processo transcorra com maior segurança e tolerabilidade.

Nessas circunstâncias, a nova medicina germânica abre a possibilidade efetiva de aplicação de recursos terapêuticos muito mais simples, menos invasivos, prejudiciais e perigosos e com custo infinitamente menor, deixando aqueles mais complexos e caros para situações excepcionais. Essa condição traria uma necessidade muito menor de toda uma estrutura de assistência à saúde que se baseia em recursos de alto custo e que gera uma predominância de ações curativas e paliativas em detrimento daquelas de natureza preventiva.

A nova medicina germânica oferece a oportunidade de enriquecimento do conhecimento médico, o que pode aumentar substancialmente a capacidade de entendimento do que se denomina enfermidade. Além disso, dá condições ao médico de compreender mais facilmente a pessoa que sofre de uma patologia. Isso proporciona a essa pessoa a segurança necessária para saber se conduzir frente a qualquer doença, com uma postura que contribui muito mais para a sua cura.


Dr. Maurílio Brandão – Médico homeopata, acupunturista, especialista em medicina ortomolecular e medicina integrativa e praticante e divulgador da nova medicina germânica no Brasil.