Acupuntura e seus efeitos sobre o sistema imunológico

O sistema imunológico tem a função de proteger o organismo contra agentes patogênicos e eliminar células que sofreram mutação.

Na medicina tradicional chinesa, esse sistema tem relação direta com os Zang Fu (órgãos e vísceras), com as emoções e com o contato do organismo com o meio exterior, através da pele, do trato gastrointestinal e do sistema respiratório.

O Wei Qi é responsável pela proteção do organismo contra a invasão de Xie Qi – fatores patogênicos ou energias perversas (Maciocia, 2008).

O Wei Qi é formado em duas etapas e depende dos Zang Fu: coração, pulmão, baço, pâncreas e estômago (Maciocia, 2008).

No processo de respiração e formação do Wei Qi, o coração e os pulmões são responsáveis por transformar o ar utilizável para o organismo, aquecendo-o e oxigenando-o. Essa energia (Qi) é chamada de Zhong Qi, sendo também conhecida como Qi torácico.

Ocorre, então, a segunda etapa de formação do Wei Qi, onde o baço/pâncreas e o estômago transformam os alimentos que são ingeridos em energia para o corpo. O estômago decompõe e o baço/pâncreas transforma o alimento decomposto em energia e a transporta para os pulmões. Essa energia é chamada de Gu Qi ou Qi dos alimentos e sobe para os pulmões para encontrar-se com o Zhong Fu, dando origem ao Zheng Qi (também denominado Qi verdadeiro), que se divide em Ying Qi (ou Qi nutritivo) e Wei Qi (Qi de defesa).

Após ser produzido pelo pulmão, o Wei Qi vai para o espaço existente entre a pele e os músculos, chamado Cou Li. Para chegar até esse local, o Wei Qi passa pelo rim, onde é filtrado e, através do vaso maravilhoso Yang Qiao Mai, alcança então o meridiano da bexiga.

Doenças imunológicas podem estar associadas aos pulmões e, para que sejam obtidos bons resultados com a terapia aplicada aos pacientes portadores dessas doenças, é importante que se fortaleça também o baço/pâncreas e o coração, porque como visto o Qi tem duas fontes primárias, que são a alimentação e a respiração.

A tabela a seguir indica pontos de acupuntura que são importantes para o aumento da imunidade (Tabela 1).

Efeitos da acupuntura sobre a imunidade
Tabela 1 – Acupontos indicados para o fortalecimento do sistema imunológico.

Devido às características de pontos anti-inflamatórios e antialérgicos, observa-se que a acupuntura relaciona-se com a imunidade humoral e celular. Essa terapia pode ter ação direta, por meio do aumento de células efetoras, ou indireta, através do eixo neuroendócrino. O estímulo promovido pelas agulhas aplicadas sobre determinados pontos, em sedação ou tonificação, produz modificações que se podem observar na concentração leucocitária.

Apesar dos estudos que enfatizam o uso de acupuntura para melhorar a imunidade e do resultado de um estudo de caso específico, isso não garante que os pontos escolhidos para aplicação irão beneficiar outros pacientes, pois o diagnóstico energético é individual, sendo necessária a realização de mais pesquisas para comprovação dessa eficácia da acupuntura na efetiva melhora da imunidade do indivíduo.

Acupuntura nos processos inflamatórios

Inflamação é a reação do tecido vivo vascularizado a uma agressão local (Cotran et al., 1994), sendo uma condição que ocupa um lugar proeminente na medicina, pela sua frequência e importância na origem de grande parte das enfermidades que acometem o ser humano e os animais (Correa et al., 1970).

A princípio, independentemente de sua causa, o processo inflamatório caracteriza-se por uma série de reações de células e tecidos a uma agressão, seguindo um modelo básico e estereotipado que se repete em muitas espécies diferentes.

Entretanto, a complexidade das alterações bioquímicas, morfológicas e funcionais que têm lugar durante o processo inflamatório revelam um interessante exemplo de homeostase (Perez-Tamayo, 1986).

O processo inflamatório pode também representar uma agressão aos tecidos e seu controle é desejável em muitas situações, como nas pneumonias, artrites e meningites, dentre outras.

Dada a complexidade da reação dos organismos, o processo inflamatório é ainda tema de numerosas pesquisas no meio científico. Essa complexidade se dá pela interação simultânea, no local inflamado, de vários componentes orgânicos, locais e sistêmicos, tais como microcirculação sanguínea e linfática, células e fibras do tecido conjuntivo, sistema endócrino e sistema nervoso (Rocha e Silva & Garcia Leme, 1972).

Neurônios sensoriais periféricos, além de transmitirem sinais aferentes, respondem à estimulação elétrica ou estimulação química com um reflexo axônico local, desencadeando a liberação de potentes peptídeos vasoativos na área inervada.

Essa liberação de peptídeos, que tem sido predominantemente estudada na pele, vias aéreas e articulações de diferentes espécies animais e do ser humano, pode causar vasodilatação local e edema, além de inflamação neurogênica (Lundeberg, 1993).

A inflamação neurogênica é causada pela excitação de fibras aferentes primárias do tipo C e liberação de mediadores em suas terminações periféricas, levando à contração de musculatura lisa, aumento na permeabilidade vascular, recrutamento de células inflamatórias, degranulação de mastócitos e estimulação de secreção mucosa. As taquicininas neurotransmissoras P (SP), neurocinina A (NKA), neurocinina B (NKB) e provavelmente outros peptídeos, como aquele relacionado ao gene da calcitonina (CGRP), são mediadores nesse processo.

A inflamação neurogênica está presente não só na pele como também em muitos órgãos ocos (vísceras) e pode contribuir para a patologia de várias enfermidades inflamatórias (Saria & Lundberg, 1995).

A SP, que é um neuropeptídeo sintetizado na raiz dorsal ganglionar, é transportada axoplasmaticamente até as porções terminais dos nervos sensoriais e sua liberação estimula várias atividades biológicas, tais como contração de musculatura lisa, vasodilatação, secreção glandular e eventos que contribuem para o desenvolvimento da inflamação neurogênica.

No ser humano, quando injetada de forma intravenosa em baixas concentrações, a SP promove aumento do fluxo sanguíneo na pele e na musculatura regional, mimetizando o efeito da estimulação antidrômica.

Na literatura científica, têm sido estabelecidas correlações entre acupontos e mecanismos de ação da acupuntura com elementos do processo inflamatório, em especial com aspectos neurogênicos.

Kendall (1989) cita que, no modelo de injeção de terebintina no pavilhão auricular de coelhos, a ação anti-inflamatória da acupuntura resulta em um terço do aumento no volume de exsudato nos animais-teste quando comparados aos controles não tratados. Esse autor também verificou redução no volume de exsudato e na migração de leucócitos. Para tal, foi necessário que a inervação simpática estivesse intacta.

Zhao & Zhu (1992) sugerem que a acupuntura pode ter efeitos diretos na regulação periférica da liberação de mediadores do processo inflamatório e da dor, levando a uma redução da liberação periférica de substância P (SP). Já Ma (1992) observou uma diminuição nos níveis de SP em mulheres, por meio do estímulo de agulhamento durante o trabalho de parto.

Sin et al. (1984) obtiveram supressão da pleurisia aguda induzida por carragenina em ratos através da estimulação de um conjunto de acupontos na região torácica dorsal (T1-T7), sugerindo que a escolha dos acupontos sobre dermátomos e miótomos relacionados ao sítio do processo inflamatório pode ser essencial para a eficácia dessa terapia.

Ainda no mesmo modelo, mas com a utilização de eletroacupuntura, esses autores demonstraram que diferentes formatos de onda podem produzir efeitos diversos. A supressão do processo inflamatório agudo pode ser obtida com o uso de onda descontínua (15 e 25 ciclos/min), onda denso-dispersa (15 ciclos/min) e pulso periódico de onda dispersa (8 Hz) e densa (50 Hz). Mas a eletroacupuntura pode induzir efeitos adversos, nesse caso, com o aumento do processo inflamatório agudo através do uso de onda denso-dispersa (25 ciclos/min) e de ondas “riple” e “sawtooth” (Sin, 1986).

Zhao & Zhu (1990), trabalhando com artrite experimental em ratos, verificaram que a temperatura da pele e o perímetro da articulação no grupo tratado com eletroacupuntura foram marcadamente menores do que no grupo de controle.

Resposta imunológica

 A seguinte afirmação: “A energia vital, dentro, a energia anormal, fora; se a energia anormal é vitoriosa, é porque a energia vital deve estar insuficiente”, extraída do Livro de Medicina Interna, escrito há cerca de 2.000 anos, indica que os chineses ancestrais já possuíam alguma noção de imunidade (Qinglan, 1991a).

O efeito da acupuntura e da moxabustão (aquecimento da pele sobre o ponto de acupuntura, com auxílio de um bastão de moxabustão – Artemisia vulgaris – em brasa) sobre as funções imunológicas está intimamente relacionado ao local da estimulação. Uma diferença significativa é notada quando são estimulados acupontos ou não-acupontos, assim como entre estímulos dados a diferentes acupontos.

É uma característica da acupuntura manter a função imunológica em um estado ótimo, regulando seus mecanismos. Em geral, a acupuntura pode restaurar a homeostase de um organismo, diminuindo hiperfunções e ativando mecanismos em hipofunção. Meng (1992) classifica essa situação como um efeito regulatório de dupla direção, mas ressaltando que essas ações dependem do estado de saúde do organismo em questão.

Qinglan (1991a), em uma ampla revisão, descreveu que a acupuntura pode exercer efeito sobre a produção de anticorpos. Isso foi demonstrado através do tratamento com acupuntura e moxabustão para diarreia bacteriana em macacos. O grupo tratado desenvolveu anticorpos mais rapidamente, com título em dobro e mais persistente do que no grupo de controle.

Também foi verificado que a eletroacupuntura e a moxabustão reduziram o número total de bactérias recuperadas no exsudato peritoneal de coelhos submetidos a peritonite infecciosa experimental, através do aumento de anticorpos fixadores de complementos, opsonizantes e aglutinantes.

Em outro experimento observou-se que a moxabustão pode dobrar o título sérico de aglutininas contra bacilo tifoide em coelhos.

Na mesma revisão sobre acupuntura/moxabustão e imunidade, Qinglan (1991a) destacou os pontos descritos abaixo.

1 – O número de leucócitos ou a fagocitose podem estar aumentados nas seguintes situações: moxabustão no acuponto Mingmen (4VG) em camundongos e Baihui (20VG) e Shenshu (23B) em coelhos, irradiação de laser de gás carbônico no acuponto Guanyuanshu (4VC) em coelhos e cabras e eletroacupuntura no acuponto Housanli (36E) em cães.

2 – O percentual de linfócitos T e a taxa de linfócitos esterases positivos aumentaram em camundongos imunodeficientes submetidos à moxabustão no acuponto Guanyuan e em macacos com diarreia bacteriana submetidos a uma associação de acupuntura com moxabustão.

3 – A aplicação de eletroacupuntura no acuponto Neiguan em coelhos eleva as leucinas encefalinas totais no cérebro e sangue, enquanto a capacidade lítica das células NK (natural killers) sobre células-alvo K562 também aumenta significativamente.

4 – A aplicação de eletroacupuntura em alta potência e por longos períodos pode induzir imunossupressão. Quando ratos são submetidos a essa técnica nos acupontos Housanli (36E) e Sanyinjiao, por 30 minutos diariamente, durante cinco dias, é liberado um fator de imunossupressão. Este pode inibir a proliferação de linfócitos T induzida por concanavalina A (Con A). O efeito é mais forte no quinto dia, desaparecendo ao décimo dia. Essa imunossupressão não parece estar relacionada ao ACTH e outros hormônios, nem aos receptores opioides.

Segundo o Research Group of Acupuncture Anesthesia (1979), o efeito da eletroacupuntura no acuponto Hegu ou Zusanli sobre a imunidade celular, em 70 pacientes submetidos a operações cirúrgicas, variou de acordo com o status imunológico de cada paciente. O teste de transformação blástica, o teste sheep eritrocyte (SE) roseta não ativo e o teste SE roseta ativo mostraram que ocorreu estimulação da imunidade celular, principalmente em indivíduos com níveis baixos ou normais desta, enquanto que naqueles com altos níveis de imunidade celular, ocorreu um decréscimo. Isso sugere que essa técnica tem um efeito regulatório sobre a imunidade celular.

Segundo Jinzhang et al. (1979), aplicação de eletroacupuntura (2 Hz) no acuponto Housanli de coelhos não altera o número de linfócitos, porém aumenta a formação de pregueamento de membrana, indicando presença de movimentação ativa. Também aumenta a taxa de proliferação celular induzida por fito-hemaglutinina.

Zhenya et al. (1979) observaram a capacidade de formação de roseta ativa e total e de transformação blástica de linfócitos em vinte mulheres com hiperplasia mamária, antes e após o tratamento com acupuntura. Os resultados demonstraram que a acupuntura foi capaz de promover a formação ativa e total de roseta e a transformação de linfócitos em linfoblastos.

O estímulo repetido com eletroacupuntura (2 Hz) no acuponto 36E de cães sadios levou a um decréscimo nas células alfa-naftil-acetato-esterases positivas (ANAE), no índice de estimulação de linfócitos que sofreram transformação blástica pela incubação com fito-hemaglutinina e nas gamaglobulinas séricas. Isso representa um decréscimo na resposta imunológica basal e provavelmente ocorre com envolvimento das células T (Kudo et al., 1987).

Kasahara et al. (1992) relatam a supressão da reação de hipersensibilidade do tipo tardia (RHTT) ao trinitroclorobenzeno (TNCB) através da acupuntura em camundongos. Esses autores observaram em camundongos BALB/c, C57BL/6 e ddY uma significante supressão da RHTT quando submetidos à acupuntura uma vez ao dia, por três dias consecutivos ou após uma única aplicação antes do desafio com TNCB. A aplicação das agulhas na região média do músculo femural (sham-acupuntura) não suprimiu a RHTT ao TNCB.

Em recente estudo sobre o efeito da acupuntura e moxabustão na hipersensibilidade induzida em cobaias e cães por carrapatos da espécie Rhipicephalus sanguineus, Scognamillo-Szabó (1999) observou que a moxabustão, aplicada na fase de sensibilização em cobaias, prolongou a reação tardia ao teste cutâneo de hipersensibilidade e diminuiu o número de eosinófilos no local, de forma significativa em ambas as situações. Além disso, a acupuntura, realizada durante a manifestação de reação de hipersensibilidade imediata induzida por antígenos do carrapato em cães, foi capaz de diminuir a intensidade dessa reação de maneira significativa.

As pesquisas sobre acupuntura despertam grande interesse, na medida em que poderão traduzir os conhecimentos milenares dessa prática da medicina tradicional chinesa, contribuindo para sua aceitação e incorporação, assim como colaborar com avanços na medicina de forma geral e na neurofisiopatologia em especial. De qualquer maneira, o bem-estar humano e animal será beneficiado.


Mari Uyeda – Professora Assistente da Saint Francis University, na Pensilvânia – EUA.

 

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