Mapa da Escuta: musicoterapia para o autoconhecimento e autocuidado – Parte II

A série de artigos intitulada Mapa da Escuta: musicoterapia para o autoconhecimento e autocuidado propõe-se a apresentar um percurso reflexivo e experiencial sobre a presença da dimensão musical em nossas vidas, especialmente no que tange à relação desta como possibilidade de conhecimento e cuidado através e a partir da experiência musical.

Para tanto, no primeiro artigo da série, antes de chegarmos às propostas experienciais (que se farão presentes a partir dos próximos artigos) conduziu-se um trajeto de reflexão sobre os desafios e as dificuldades em definir objetivamente a música de forma única, por ela se tratar de uma experiência humana complexa e por ser um fenômeno estudado por diversas áreas do campo do saber.

Além disso, foi apresentada a musicoterapia, uma profissão e campo de estudo que investiga a experiência musical e propõe utilizá-la de forma terapêutica para promoção, prevenção e tratamento de saúde. Esse é o campo de formação da autora desta série de artigos e é a partir dele que emerge a proposta do Mapa da Escuta, que propõe o envolvimento e o desenvolvimento da escuta musical como uma forma de autoconhecimento e autocuidado. Neste segundo artigo, serão apresentados os princípios e propósitos do Mapa da Escuta e como se desenvolve um processo de musicoterapia a partir dessa abordagem.

Como a partir de agora começaremos a trafegar por um campo mais pessoal, autoral e também sensível, peço licença para me dirigir aos leitores e leitoras em primeira pessoa e de forma mais direta e afetiva, abrindo mão da formalidade praticada nos artigos científicos. Tal abordagem não pretende desprezar e nem quebrar o rigor das investigações científicas, que se fazem tão necessárias ao desenvolvimento humano, mas é apenas uma maneira de tornar a experiência de leitura mais sensível, palatável e próxima das linguagens cotidiana e também poética, que podem dialogar com mais intimidade e pertinência com às áreas das ciências humanas, das artes e das terapias.

Mapa da Escuta: princípios e propósitos

Abrir o contato com a música: Escutar!

Conhecer a si e as maravilhas do mundo

na beleza dos sentimentos expressos nas músicas e canções

de cada ato possível de se vivenciar na forma humana.

Contemplar modos de ser e de sentir,

descobrir novos modos,

inventar alguns,

Criar a sua melhor forma de existir.

Envolver-se e desenvolver-se na escuta!

Esse é o convite poético para o Mapa da Escuta! Uma proposta idealizada pela musicoterapeuta Priscila B. Mulin, que propõe o “mapeamento” do envolvimento e desenvolvimento da escuta musical através de processos e percursos experienciais que abordam e tratam das relações diversas entre música e experiência humana, especialmente no que tange às relações existenciais e de cuidado.

O Mapa da Escuta não é um método fechado, é exatamente o contrário. Apresenta-se como um campo de investigação e experimentação, que é dinâmico e passível de abertura, como a música, a arte e a vida, estando constantemente em construção e transformação.

Três proposições colocam-se em movimento: (1) Ao se vivenciar e investigar a experiência musical, pode-se criar um espaço de abertura para uma escuta atenciosa de si e do mundo, aumentando a compreensão das formas humanas de ser, (2) Ao fazer tal movimento, podemos nos dar conta de ações musicais que nos trazem bem-estar, aconchego e por que não dizer saúde? E, assim, praticar tais ações, torná-las mais presentes no nosso cotidiano. Não como um hábito mecânico, mas como uma experiência significativa de afeto e cuidado consigo e (3) Em direção a ambos: “conhecer e cuidar”, podemos ainda experimentar outras modalidades de experiências musicais, abrindo-nos para o novo, ampliando e desenvolvendo simultaneamente as dimensões musicais e existenciais.

A expressão Mapa da Escuta, além de uma metáfora para “mapear” territórios pessoais, relacionais e de cuidado a partir da escuta, é também uma sigla, que quer dizer Música, arte, poesia e afeto, que são referenciais que regem essa proposta de mapeamento da escuta. Sigla de MAPA: M = música | a = arte | p = poesia| a = afeto. Mapa: um guia para a nossa escuta. Escuta: a dimensão da abertura.

Da música – Todo o percurso realizado no Mapa da Escuta remete-se à música, essa que é uma ação com presença constante na vida humana, seja ao considerarmos a história da humanidade ou a nossa própria história pessoal. Ela sempre esteve presente em todas as épocas, culturas e civilizações, sendo atribuídos a ela os mais diversos sentidos, papeis e funções. Essa presença constante e ampla na vida indica que a música pode ser um excelente meio de investigação sobre as nossas formas humanas de ser. A música é humana, diversamente humana, uma possibilidade de organizar, sintetizar, expressar, expor, abordar e tratar possibilidades vivenciais e existenciais. Uma série de verbos são aqui possíveis.

O “M” que se refere à música na sigla “Mapa” é grafado em maiúscula, pois ela, a música, é a base de tudo! A dimensão sonora é a primeira que nos coloca em contato com o mundo lá fora (já estamos ouvindo dentro do útero) e a última que se perde (hoje já sabemos que pessoas idosas com demência podem manter a memória musical intacta e também que na hora da morte o aparelho auditivo é um dos últimos a se desligar). A música é um importante elo de manutenção de identidade e de relacionamento conosco mesmos, com as pessoas ao redor e com o mundo.

Além disso, somos seres musicais! De ritmo, de tons, de movimentos, de timbres, de pausas, de intensidades… Nós nos expressamos e nos comunicamos através de silêncios e sons. A musicalidade se faz presente em toda parte: nos encontros, na nossa maneira de nos expressar e de nos dirigir ao outro, na poesia, nas artes, sempre há componentes musicais, qualquer ação humana pode ser “escutada” como música. A música é uma metáfora da vida. Nossos movimentos existenciais são músicas que produzimos no mundo!

A letra M também pode se referir a “movimento”, que é um aspecto importante para se considerar na experiência musical. A música é movimento sonoro que se propaga no ar e captura a nossa percepção, colocando-nos em movimento.

As demais letras que constituem a palavra “Mapa” – “a”, “p” e “a”, significam respectivamente “arte”, “poesia” e “afeto” e são os fios condutores que tecem a abordagem da música no Mapa da Escuta.

Da arte – A arte é sempre levada em conta na abordagem da experiência musical do Mapa da Escuta, pois ela é uma forma de explorar, expressar e amplificar a natureza humana, é a possibilidade de conferir beleza à vida. A arte nos impacta, nos toca e nos permite ver o mundo de outras maneiras. É a dimensão do belo, do mistério, dos múltiplos sentidos e significados, da criação. É um meio de expandir a consciência, de quebrar paradigmas. A arte favorece o ato de criar e de empatizar. A arte é uma experiência humana!

O artístico é aqui concebido como uma abertura, uma possibilidade de criação e de desenvolvimento, porém não como uma linguagem a ser desenvolvida e praticada de uma maneira técnica e específica, mas como um processo de criar-se(r), envolver-se(r), desenvolver-se(r), tornar-se(r), conhecer-se(r)! Uma possibilidade de tratar questões existenciais, como algo que se produz para contemplação, fruição e beleza, como reflexo da nossa humanidade, não apenas como uma expressão do que somos, mas também como algo que ao se produzir nos transforma. A proposta feita por Nietzsche de fazer da vida uma obra de arte é bem-vinda aqui. É esse cuidado que o Mapa da Escuta propõe: tratar a existência como arte, como música, como poesia, como um processo que se cria e se transforma, que afeta e que produz beleza e sentido, um convite musical para: afetAr-te, cuidAr-te, tornAr-te, criAr-te!

Da poesia – A poesia é um modo de estar no mundo. Pode-se ver o mundo de uma perspectiva poética! O termo faz alusão ao “estado poético” de ser, de sentir, de atribuir beleza à vida. A poesia abre, para nós, o campo das palavras: as palavras de som, de sentido, das canções. Do ponto de vista mais técnico, a poesia faz a junção do verbal (que está ligado aos processos racionais) com o sensível (como as coisas são percebidas e sentidas). No contexto do Mapa da Escuta, a canção também é considerada poesia. Trabalha-se o casamento entre palavra e som/letra e música e seus múltiplos sentidos. Levam-se em conta a beleza e o movimento das palavras que compõem as narrativas, as poesias e as canções.

Do afeto – O afeto é a dimensão do sensível, daquilo que nos toca, a dimensão das relações, do encontro, do cuidado, do acolher, da escuta sensível e generosa. O afeto não apenas eleva o grau e a potência das experiências vivenciadas, mas está na base delas. Aprendizados e experiências são potencializados no afeto. O afeto deve estar presente em toda forma de cuidar, seja de si mesmo, do outro ou do mundo. O afeto é também o que nos mobiliza, nos afeta, nos toca e nos impacta, o que chega através dos sentidos, mas se instala e se desenvolve em outras dimensões também, vinculando-se ainda ao campo da beleza e da estética.

Assim, música, arte, poesia e afeto entrelaçam-se criando um todo indivisível que direciona o “mapeamento” da escuta.

Da escuta, da experiência e do encontro

A ESCUTA é um movimento de abertura, de expansão, de ampliação das percepções e de exploração do mundo interior, das relações e do mundo exterior. Escutar é perceber. Perceber é sentir. Sentir é tornar-se consciente, mas não exclusivamente através do intelecto. Somos seres sensórios, simbólicos, seres de sensibilidade, vamos vivendo e ao mesmo tempo aprendendo e compreendendo os nossos movimentos existenciais no mundo.

A palavra Escuta é escrita com “E” maiúsculo, não apenas porque ela é central na proposta, mas porque o “E” aqui também remete a duas outras importantes palavras para o Mapa da Escuta, que são: Encontro e Experiência.

O ser não é apenas um indivíduo, mas alguém composto de muitas escutas e impressões. Somos seres sociais, sempre “carregamos” com a gente outros seres. Eles nos sustentam, nos acompanham, nos dão referência para compreensão existencial. Somos seres do ENCONTRO! Na experiência musical sempre há um encontro entre um eu e um outro ou muitos outros. Ela nunca é uma experiência apenas individual. Apesar de poder ser extremamente íntima e subjetiva, nunca está desconectada do mundo, podendo ser, a um só tempo, individual e coletiva. Assim está sempre em relação e pode ser compreendida a partir de uma perspectiva ecológica de existência.

A experiência musical é relacional em muitos sentidos. Abre sempre um campo de relações com a própria linguagem da música e do ser consigo mesmo e com outras pessoas. As possibilidades relacionais são muitas, porém utiliza-se o prefixo “auto” quando se refere ao (auto)cuidado e (auto)conhecimento, por se conceber a autonomia como um aspecto central em processos terapêuticos, educativos e artísticos. O conhecimento do outro, do mundo e de qualquer outra coisa parte da experiência pessoal. Só é possível conhecer o que seja através de si mesmo. Portanto, no Mapa da Escuta, o foco é sempre a experiência da pessoa com a dimensão musical e seus desdobramentos.

Somos também seres de possibilidades. Não somos apenas o que já fomos ou o que a nossa realidade concreta nos apresenta, somos também nossas possibilidades, o que imaginamos, o que intuímos, o que pensamos, o que criamos para nós mesmos, o que experienciamos. Somos seres da experiência!

Experiência pode ser compreendida de diversas formas, mas duas aqui são suficientes: (1) experiência como um conjunto de vivências que nos compõe e (2) experiência como algo significativo que nos acontece e produz sentido. Experiência não é informação. Apesar de poder ser o acúmulo de muitas vivências, ela não é simplesmente conteúdo ingerido de forma mecânica sem reflexão. Experiência é algo que faz sentido, como diz o educador Jorge Larrosa Bondía, em seu inspiradíssimo ensaio intitulado Notas sobre a Experiência e o Saber de Experiência, “a experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que acontece, ou o que toca”. A implicação de um “eu” que vivencia a experiência é aqui fundamental.

E agora retornamos para integrar os três “Es” – escuta, encontro e experiência. Um ENCONTRO com hora marcada para EXPERIENCIAR a ESCUTA. E, assim, o Mapa Da Escuta convida ao encontro de propostas diversas para expandir a dimensão musical e, consequentemente, nossos movimentos existenciais, para nos conhecermos mais e melhor e para desenvolvermos qualitativamente nossas relações intrapessoais, interpessoais e ecológicas, de forma a gerar movimentos de mudança em nossa vida e transformação no mundo.

O Mapa da Escuta na prática

O Mapa da Escuta destina-se a pessoas que gostam de música e consideram-na importante em suas vidas. Pessoas que querem se conhecer e se cuidar a partir de experiências musicais, que desejam se envolver na experiência musical e desenvolver ainda mais a dimensão musical em sua existência.

Desde pessoas que simplesmente percebem como significativa a presença da música em seu cotidiano até aquelas que tenham hobbies musicais, mas que não possuem nenhum estudo formal de música. Ou ainda aquelas pessoas que estudam ou trabalham com música, nas suas mais diversas vertentes, como músicos, educadores musicais, musicoterapeutas, compositores, bailarinos, professores e qualquer outrem que utilize a música de alguma forma. Basta que a pessoa considere a música importante e queira expandir a sua vivência e compreensão desse tipo de experiência. O Mapa da Escuta está à disposição de qualquer um que se afine com a sua proposta.

Para promover a conscientização e percepção da ampla e constante presença da dimensão musical na vida humana, enfatizando sua importância e propondo o desenvolvimento dessa dimensão como forma de conhecimento e cuidado, diversas ações, percursos e processos – personalizados ou temáticos – podem ser realizados com finalidade terapêutica, didática ou de sensibilização.

De forma geral, espera-se que os participantes possam se abrir para uma escuta atenciosa e cuidadosa da música, percebendo e conhecendo as maneiras pelas quais ela se faz presente e relevante na vida.

Para além disso, há ainda um convite para ampliar e aprofundar o contato com a música, propondo que a investigação e o desenvolvimento da dimensão musical possam nos fazer observar, perceber, vivenciar e compreender diversos tipos de movimentos existenciais que contribuem para uma maior compreensão de nós mesmos e do mundo.

Dentre as propostas principais para essa finalidade está o processo musicoterapêutico, no qual, em um espaço seguro de terapia, cliente e terapeuta dialogam e relacionam-se a partir, através e em direção à experiência musical para tratar questões terapêuticas relevantes.

O processo musicoterapêutico, além de ser realizado por um(a) profissional qualificado(a) com formação para tal – bacharel e/ou especialista em musicoterapia, ocorre de forma processual por meio de encontros terapêuticos sequenciais e é personalizado de acordo com as necessidades do(a) cliente, que normalmente apresenta uma queixa, problemática ou demanda a ser tratada ou ainda o desejo de desenvolver alguma(s) potencialidade(s).

Na musicoterapia do Mapa da Escuta, o material de trabalho é a experiência musical da pessoa, especialmente as audições musicais, em relação às quais compartilhamos a escuta, dialogamos sobre ou utilizamos outros recursos expressivos, para ampliá-las ou reduzi-las, como por exemplo canto, expressão corporal, desenho, colagem, movimento corporal, escrita ou qualquer tipo de expressão que possa expandir e aprofundar o contato com a experiência musical. A prática da experiência musical é tanto vivencial e experiencial quanto reflexiva. Considera-se experiência tanto o contato imediato com a música e seus movimentos gerados quanto o conjunto de relações desenvolvidas a partir desse contato na trajetória de vida – que se pode nomear de dimensão musical.

Dimensão musical pode ser entendida como o conjunto que compõe toda e qualquer relação estabelecida entre seres humanos e música. De uma perspectiva singular, como por exemplo no processo musicoterapêutico, auxilia-se a pessoa a mapear como se estrutura a sua dimensão musical pessoal, que é formada por todos os aspectos musicais que já estiveram, estão e estarão presentes em sua vida, ou seja, toda e qualquer sonoridade musical com que tenha entrado em contato, bem como as relações que se estabelecem com essas sonoridades e apresentam-se como relevantes para ela. Essa dimensão começa a se formar muito cedo em nossa vida, antes mesmo de nascermos. Depois, durante toda a nossa existência, a música segue presente e temos a possibilidade de nos envolver ainda mais com ela e de desenvolver, a partir desse contato, relações significativas diversas.

A musicoterapia pode também ser compreendida como uma prática de movimentar-se musicalmente, relacionalmente e existencialmente. Nesse caso, o papel do musicoterapeuta é o de auxiliar a pessoa a identificar quais são os movimentos desejados ou necessários e ajudá-la a seguir em direção a eles.

Os movimentos e relações que se desenvolvem entrelaçando aspectos existenciais e musicais podem variar quase infinitamente, uma vez que movimento vital influencia movimento musical e vice-versa. A experiência musical é uma maneira de estar no mundo! A ampla, constante e antiga presença da música na vida humana faz com que ela possa ser associada a diversas outras vivências. Sendo assim, através dela é possível abordar um leque imenso de questões vitais e existenciais e de formas se de conhecer, de se expressar, de se relacionar (consigo, com o outro e com o mundo) e de se cuidar.  Ao mesmo tempo, é uma experiência sempre nova, que pode projetar novas perspectivas e criar novos sentidos.

Além do processo musicoterapêutico, outras propostas também são realizadas, como por exemplo “(per)cursos temáticos sensibilizadores”, que têm características mais didáticas e experienciais do que terapêuticas propriamente ditas, porém, sempre partindo da relação “música-experiência humana”. Nessas propostas, o aspecto terapêutico pode também se fazer presente, uma vez que a experiência musical por si só pode gerar bem-estar. Contudo, é preciso diferenciar efeitos terapêuticos gerados espontaneamente no contato com a música de um processo musicoterapêutico proposto como tal.

É importante apontar essa diferenciação, pois aqui nesta série, a partir do próximo artigo, serão apresentadas algumas alternativas para ampliar a percepção da dimensão musical, o que não se constitui em musicoterapia, mas sim como uma proposta sensibilizadora para demonstrar a amplitude da presença e das possibilidades que podem ser desenvolvidas a partir da nossa relação com a música. Será um convite com caráter preventivo e sensibilizador, para que as leitoras e leitores possam ampliar e aprofundar a percepção da dimensão musical.


Priscila Bernardo Mulin – Bacharel em Musicoterapia, especialista em Dependência Química (UNIFESP) e mestra em Educação, Arte e História da Cultura (MACKENZIE). Atua na formação de musicoterapeutas há mais de uma década, realizando escuta profissional e supervisão com enfoque fenomenológico-existencial. Foi docente e supervisora de estágios da Graduação em Musicoterapia da FMU, onde atuou também como docente responsável pela Clínica-Escola de Musicoterapia e coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Musicoterapia Preventiva e Social. Atualmente dedica-se ao MAPA DA ESCUTA, uma proposta autoral que promove o envolvimento e o desenvolvimento da dimensão sonora musical como forma de (auto)conhecimento e (auto)cuidado.