Musicoterapia e AudioMusicoTens: o ambiente sonoro e a interface do som como indicadores de qualidade de vida

Continuando nossa jornada sobre a musicoterapia, iniciada no artigo “Musicoterapia e audição musical: uma reflexão sobre ouvir música”, em que espero ter despertado a atenção para a importância de um resgate e renovação do nosso encontro com a música, de como ela pode ser explorada através de um modo básico de ouvi-la, a audição intelectual, seguimos com a intenção de promover reflexões importantes sobre questões pertinentes à relação da música com a saúde.

Neste artigo será apresentado um método autoral de atuação em musicoterapia, o AudioMusicoTens®, um programa de experiências para gerenciamento da ansiedade e qualidade de vida, desenvolvido a partir da musicoterapia e eletroestimulação, vivenciado pela audição musical, através de um sistema criterioso de estímulos musicais desenvolvido e customizado para o perfil de cada indivíduo.

O programa ampara-se em 29 anos de experiência clínica e pesquisa, com o objetivo de prevenir e tratar a ansiedade e o estresse e estimular a abstração e consequente ganho cognitivo, bem como facilitar os processos de tomada de decisão e promover equilíbrio mental e físico.

AudioMusicoTens nasceu dos desafios no início da carreira clínica do autor (1991), quando trabalhou com crianças especiais totalmente dependentes (alimentação, higiene, locomoção, comunicação) e sentiu a necessidade, para incrementar sua atuação, de expandir seus conhecimentos em outras áreas, como física, matemática, música e medicina.

Foi quando encontrou, entre outros, o professor e pesquisador Dr. Antônio Ilson Giordani, especializado em Odontologia Neuromuscular Tens. Por sua vez, Dr. Giordani buscava parceria em outras áreas, por perceber grande potencial na aplicação de TENS para além de sua especialidade. Ele tinha desenvolvido e patenteado um aparelho próprio para seu trabalho, o Miotens 14. Assim, durante dois anos, o autor acompanhou e auxiliou o Dr. Giordani em seus cursos pelo estado de São Paulo, condição por ele colocada para fornecer o aparelho ao autor para que ele pudesse realizar suas próprias pesquisas e experiências. Esses cursos serviram de embasamento teórico e prático para o autor, nos quais aprendeu sobre os princípios, aplicação e utilização da eletroestimulação.

Esse trabalho colaborativo permitiu o desenvolvimento de um método próprio de intervenção, que associa a musicoterapia com a eletroestimulação. Em 1995, por ocasião do Simpósio Internacional de Musicoterapia, realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo, o trabalho foi apresentado sob o título “Musicoterapia na Prevenção e Tratamento do Estresse”.

A palavra AudioMusicoTens é composta por: Audio – que se refere à essencialidade da audição humana, sua sensibilidade e importância, Musico – que se refere ao potencial terapêutico da música e como este pode ser utilizado e Tens – que se refere à sigla em inglês Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (estimulação elétrica nervosa transcutânea), mais conhecida com eletroestimulação.

Essas referências são suportes para a sensibilização, atuação e relaxamento muscular. Assim, a proposta do método será apresentada em partes, como o próprio nome sugere. Este artigo destina-se a explorar os fundamentos do primeiro tema.

Ao final, o leitor encontrará algumas dicas para uma boa audição musical e um quadro comparativo.

O ambiente sonoro

Encontrar formas eficientes de interagir com a realidade tem sido atributo das competências básicas de quem se preocupa com qualidade de vida e também seus desafios. Estar atento às mudanças na sociedade e seus reflexos em diversos setores torna-se indispensável para atender à dinamicidade do século XXI.

Olhar atentamente para o meio ambiente, avaliar a responsabilidade social das organizações, não é nenhuma novidade. Entretanto, identificar fenômenos passíveis de solução, que interferem nos índices de qualidade de vida, atuando como variáveis de um sistema, pode se revelar como um instrumento diferenciado de gestão de saúde.

Assim, avaliar o ambiente sonoro (externo e interno), e consequentemente o som, como indicador na percepção de qualidade de vida, pode se mostrar uma ferramenta indispensável num mundo em busca de equilíbrio.

Ao analisar o perfil de um ambiente sonoro, é possível notar a influência dos sons e das músicas do cotidiano interferindo nas atividades do ser humano. Do ambiente sonoro externo ao interno, é fato o aumento da intensidade sonora ao qual a audição humana está submetida. A resposta à exposição continuada a ambientes sonoros intensamente ruidosos compromete não só a saúde auditiva, como propicia também o desenvolvimento de reações psicossomáticas diretamente ligadas ao estresse, que é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como uma das maiores causas indiretas de mortalidade no mundo.

Como diagnóstico, evidencia-se a interface desse fenômeno com a diminuição da performance, aumento da ansiedade e perda auditiva. Sendo um reflexo do mundo moderno, o ambiente sonoro pode assumir um destacado papel para o entendimento, higienização e atenção dos fenômenos acústicos como indicadores de qualidade de vida.

Música e ruído

O tema sugerido, “música e ruído”, de imediato leva à reflexão da inter-relação que o próprio implica: o que de música está no ruído? O que de ruído está na música?

Frequentemente essa questão tem sido abordada de forma a determinar uma separatividade, como definições de periodicidade e aperiodicidade para explicar som-musical e som-ruído, respectivamente.

Tais definições parecem reduzir a questão de forma simplista, pois ao mesmo tempo em que respondem, pelo alto teor de veracidade, a uma boa parte dos questionamentos, impedem de explorar outras possibilidades que mesmo em hipótese, ou mesmo somente em hipótese, enriqueceriam, só pela reflexão, um entendimento mais abrangente, pois ambos os conceitos padecem do mesmo fenômeno, o som.

A partir do século XX, pode-se testemunhar como a música aos poucos incorporou ruídos e como o ruído deixou de ser considerado como tal, conforme as contextualizações em que foram inseridos pelas mãos de grandes mestres compositores.

A tecnologia trouxe grande contribuição para essa aproximação, pois com o advento da música eletrônica e eletroacústica, o laboratório cada vez mais esteve presente para explorar e entender novas possibilidades sonoras enquanto fenômeno e linguagem.

A tecnologia como meio, e não como fim, tem mostrado o quanto o som tem latentes respostas a perguntas ainda não formuladas e o quanto isso se enquadra na contemporaneidade do mundo atual.

O som, por sua vez, material de grande investigação, referenciado por diversos campos do conhecimento, da física à filosofia, tem mostrado o quanto novas perspectivas somam-se ao que já foi dito, de forma a atualizar, por um pensamento includente, uma rica e fascinante gama de abordagens para um tema tão misterioso e sedutor.

Quanto à natureza e transmissão do som, pode-se dizer que som é qualquer distúrbio vibratório em um meio material capaz de produzir uma sensação auditiva no ouvido normal. Trata-se aqui da causa objetiva da sensação e não da sensação em si. Todo som tem origem num corpo que entra em movimento vibratório. Este corpo-sonoro pode ser sólido, líquido ou gasoso. O som é transmitido ao receptor através de um meio material, pois sendo uma onda mecânica, ele não se transmite no vácuo.

Quanto ao ouvido, sabe-se o quão peculiar é esse órgão sensorial e como a complexidade do sistema auditivo e suas referências mnêmicas são determinantes para a percepção e entendimento do fenômeno sonoro. Uma análise espectral, por mais completa que seja, não conseguirá expressar a riqueza de nuances passíveis ao ouvido, nem mesmo captar as qualidades contextuais do som. Qualquer análise pautada pela captação do som não originária do ouvido humano terá comprometido a natureza acústica do som e de sua percepção.

Cabe lembrar que toda a contribuição tecnológica, analógica e digital, que interferiu decisivamente nas investigações do som, da música e do ruído, para ser percebida pelo ouvido humano, tem que se transformar e transmitir-se acusticamente.

O papel primordial do ouvido para a discussão do assunto som assume-se como parâmetro e limite da reflexão temática inicial: o que de música está no ruído? O que de ruído está na música?

As próprias limitações do ouvido emergem como indício para aguçar esse questionamento, mas quais limitações podem ser apontadas? Os limites frequenciais de 20 Hz a 20.000 Hz? Os limites em decibéis, responsáveis pela saúde básica da audição? As características dinâmicas da audição, como perceber com maior intensidade as frequências médias em relação às mais graves e às mais agudas?

Não, humildemente e despretensiosamente pode-se discutir sobre o limiar tempo. Tempo no sentido de que a audição não distingue, no som, os episódios fracionais do tempo (inferiores a 7 milissegundos), onde pode-se evidenciar o envelope do som – que é um resumo dos elementos envolvidos na sua caracterização timbrística, conhecidos como ataque, sustentação e decaimento, formando um verdadeiro “perfil sonoro”, por exemplo.

Através do envelope do som e dos limiares de percepção do som no tempo, emerge finalmente a relação com o tema sugerido inicialmente, pois não seria o “ataque” o som-ruído presente no som-musical? Poderia, por um processo de expansão do tempo, o ataque periodicidar sua aperiodicidade? Bem como, por um processo de condensação do tempo, a sustentação e o decaimento perderem sua periodicidade e aperiodicidarem-se? E assim presentificarem o som-musical no som-ruído?

Bem, não se pretende, como dito anteriormente, fechar essa questão e sim chamar à reflexão um assunto que possa contribuir para um silenciar do tão ruidoso século XXI.

Intensidade do som e poluição sonora

Após desenvolver uma pequena reflexão sobre aspectos qualitativos do som e da música, para enfatizar e identificar a viabilidade de entendimento e proposta para o tema principal referido, se faz necessário abandonar aspectos qualitativos e abraçar um aspecto quantitativo que possa oferecer respostas objetivas. A intensidade do som assumirá agora um papel predominante para a discussão do ambiente sonoro. Para isso cabe discutir a escala de mensuração da mesma, o decibel.

Para medir a intensidade relativa dos diferentes sons, foi necessário buscar uma unidade de referência. Estabeleceu-se um padrão de medida que se chamou decibel (dB). Pretendeu-se também homenagear o grande cientista Alexandre Graham Bell, o inventor do telefone. O decibel é uma unidade logarítmica, um décimo do bel, utilizada em várias disciplinas científicas para comparar o quanto uma quantidade é superior ou inferior a outra. Essa utilização se dá sempre com fins de comparar alguma quantidade com algum valor de referência. Em alguns casos é usado como valor (aproximadamente) médio. Na acústica, o decibel é utilizado para comparar a pressão sonora no ar com a pressão de referência no ar – 2 x 10 – 5 Pa (rms). Um som dez vezes mais forte do que outro é considerado como tendo 10 decibéis a mais em sua intensidade. Um som 1.000 vezes mais intenso do que outro é 30 decibéis mais forte. Quando 100.000 vezes mais intenso, é 50 decibéis mais forte.

A intensidade física do som e a altura subjetiva com que o ouvimos são estabelecidas através das diferenças medidas em decibéis. Pode-se não perceber uma diferença de 3,0 decibéis entre um som e outro se esse som estiver numa intensidade baixa. Contudo, à medida que a intensidade vai aumentando, o acréscimo de um decibel torna-se muito significativo. A intensidade da conversação normal entre duas pessoas, a 0,60 m de distância entre elas, varia entre 65 dB e 70 dB. Esse mesmo nível, a 0,10 m de distância de nossos ouvidos, já é compreendido como um grito, pois a sua intensidade tornar-se-á de aproximadamente 100 dB.

Os limites compreendidos entre o limiar auditivo e o limiar da dor para o ouvido humano são 0 dB e 130 dB, respectivamente. A partir de 130 dB a perda auditiva inicia-se dentro dos primeiros minutos de exposição e se torna definitiva.

Para compreender melhor a sensação auditiva deve-se levar em consideração o ambiente. Entende-se por ambiente interno, aquele em que se tem o controle de suas condições físicas, como temperatura, umidade, ventilação e tempo de reverberação, entre outras, e por ambiente externo, aquele em que não se tem controle desses aspectos.

A poluição sonora hoje é tratada como uma contaminação atmosférica através da energia (mecânica ou acústica) e é definida como qualquer alteração das propriedades físicas do meio ambiente causada por sons puros ou conjugados, admissíveis ou não, que direta ou indiretamente seja nociva à saúde, segurança e ao bem-estar. Tem reflexos em todo o organismo e não apenas no aparelho auditivo. Ruídos intensos e permanentes podem causar vários distúrbios, alterando significativamente o humor e a capacidade de concentração nas ações humanas. Provocam interferências no metabolismo de todo o organismo, com riscos de distúrbios cardiovasculares, inclusive a perda auditiva irreversível quando induzida pelo ruído. Alguns desses efeitos podem ser enumerados da forma a seguir.

Efeitos psicológicos: perda de concentração, perda dos reflexos, irritação permanente, insegurança quanto à eficiência dos atos, embaraço nas conversações, perda da inteligibilidade das palavras e impotência sexual.

Efeitos fisiológicos: perda auditiva até a surdez permanente, dores de cabeça, fadiga, loucura, distúrbios cardiovasculares, distúrbios hormonais, gastrite, disfunções digestivas, alergias, aumento da frequência cardíaca e contração dos vasos sanguíneos.

O som é parte fundamental das atividades dos seres vivos e dos elementos da natureza. Cada som tem um significado específico conforme as espécies de seres vivos que o emitem ou que conseguem percebê-lo. Os seres humanos, além dos sons que produzem para se comunicar e se relacionar, como as palmas, voz, assobios e passos, também produzem outros tipos de sons, decorrentes de sua ação de transformação dos elementos naturais. Somente depois que o homem desenvolveu suas qualidades criadoras, é que o ruído transformou-se de aliado, nos primórdios da civilização, em inimigo, nos últimos tempos.

O tempo foi passando, durante centenas e centenas de anos, até que no afã do prosseguir melhorando as condições de vida do ser humano, a indústria em desenvolvimento constante trouxe consigo o ruído intenso e nocivo, intoxicando-nos aos poucos, lesando-nos lenta, constante e irreversivelmente.

Há cerca de 2.500 anos a humanidade conhece os efeitos prejudiciais do ruído à saúde. Existem textos relatando a surdez dos moradores que viviam próximos às cataratas do rio Nilo, no antigo Egito. O desenvolvimento da indústria e o surgimento dos grandes centros urbanos acabaram com o silêncio de boa parte do planeta.

O primeiro decreto que se conhece para a proteção humana contra o ruído, no Brasil, data de 6 de maio de 1824, no qual se proibia o “ruído permanente e abusivo da chiadeira dos carros dentro da cidade”, estabelecendo multas que iam de 8 mil réis a 10 dias de cadeia e que se transformavam em 50 açoites, quando o infrator era escravo.

A poluição sonora difere bastante da poluição do ar e da água quanto aos seguintes aspectos:

. O ruído é produzido em toda parte e, portanto, não é fácil controlá-lo na fonte, como ocorre na poluição do ar e da água.

. Embora o ruído produza efeitos cumulativos no organismo, do mesmo modo que outras modalidades de poluição, diferencia-se por não deixar resíduo no ambiente tão logo seja interrompido.

. Diferindo da poluição do ar e da água, o ruído é apenas percebido nas proximidades da fonte.

. Não há interesse maior pelo ruído e nem motivação para combatê-lo. O povo é mais capaz de reclamar e exigir ação política acerca da poluição do ar e da água do que a respeito do ruído.

. O ruído, ao que parece, não tem mais efeitos genéricos, como acontece com certas formas de poluição do ar e da água, a exemplo da poluição radioativa. Entretanto, o incômodo, a frustração, a agressão ao aparelho auditivo e o cansaço geral causados pela poluição sonora podem afetar as futuras gerações.

As fontes de ruídos são diversas. O ruído nas ruas tem no trânsito o seu maior causador, na vida das grandes cidades. Nas principais ruas de São Paulo, os níveis de ruído atingem de 88 a 104 decibéis. Nas áreas residenciais, os níveis de ruído variam de 60 a 63 decibéis, acima portanto dos 55 decibéis estabelecidos como limite pela lei municipal de silêncio. O ruído nas habitações tem aumentado em função dos aparelhos eletrodomésticos, sendo que seu funcionamento simultâneo soma indesejáveis decibéis. Nas indústrias, estabeleceu-se nos Estados Unidos, em 1977, o limite de 90 dB para a duração diária de oito horas de trabalho, mas verificou-se que 20% dos operários ficavam sujeitos a deficiências auditivas. Por isso, a Holanda e outros países baixaram o limite para 80 dB. Tem sido observado que em certos tipos de atividades, como as de longa duração e que requerem contínua e muita atenção, um nível de 90 dB afeta desfavoravelmente a produtividade, bem como a qualidade do produto. Calcula-se que um indivíduo normal precisa gastar aproximadamente 20% a mais de energia para realizar uma tarefa sob efeito de um ruído perturbador intenso.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o início do estresse auditivo se dá sob exposições a partir de 55 dB, e como parâmetros pode-se ter:

. ruídos com intensidade de até 55 dB não causam nenhum problema.

. ruídos de 56 dB a 75 dB podem incomodar, embora sem causar malefícios à saúde.

. ruídos a partir de 76 dB podem afetar a saúde. Acima de 85 dB a saúde será prejudicada, a depender do tempo de exposição. Uma pessoa que trabalha oito horas por dia com ruídos de 85 dB terá fatalmente, após dois anos, problemas auditivos.

Assim, deve ser observado que proteger a saúde da população deveria ser o principal objetivo das gestões públicas e privadas. Faz-se necessária a reunião de esforços para controlar a exposição ao ruído do indivíduo e da comunidade. Fica clara a necessidade de prevenção, como medida de maior inteligência, ética, economia e consequente produtividade.

Avaliar o ambiente sonoro, procurar soluções para minimizar os efeitos negativos do som, terá reflexos nos resultados de índices de absenteísmo, entre outros, delegando ao som um papel de indicador de performance e qualidade de vida, conforme sua atuação no ambiente sonoro.

Por fim, após termos explorado aspectos qualitativos do som, enquanto música ou ruído, e aspectos quantitativos nas questões de sua intensidade, espero ter apresentado reflexões sobre o radical “Audio” do método. Fica o convite para explorarmos os complementos do nome, “Musico” e “Tens”, numa próxima oportunidade.

 Dicas para uma boa audição musical

Independentemente da aplicação do método AudioMusicoTens, a audição musical pode ser benéfica ao cotidiano de uma forma geral. Para obter o melhor resultado desse tipo de prática, apresento a seguir algumas dicas.

1 – Antes de ouvir música, verifique se você pode higienizar sonoramente o ambiente (diminuir os sons indesejáveis).

2 – Selecione músicas para durarem de 20 a 50 minutos e controle o volume, sem excessos.

3 – Encontre um lugar confortável para seu corpo, de preferência que acomode bem sua coluna e apoie sua cabeça.

4 – Feche os olhos e/ou cubra-os e proteja-os com uma máscara. A privação visual vai aguçar a percepção auditiva.

5 – Faça a audição musical uma vez por semana, no mesmo dia e horário.

6 – Certifique-se de que não será incomodado durante a audição (por familiares, amigos, animais de estimação, telefones, computador, tablet).

7 – Por fim, não faça nada além de ouvir a música, exclusivamente.

Se respeitadas essas condições, você permitirá que a música estimule seu cérebro de maneira única, facilitando a neuroplasticidade e promovendo saúde.

 Quadro comparativo – ruídos em ambientes internos e externos

Ambientes sonoros - quadro comparativo em decibéis


Raul Jaime Brabo – Possui graduação em Musicoterapia e mestrado em Administração (gestão de pessoas) pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS. Tem experiência na área de prevenção e tratamento de estresse, com ênfase em método próprio de musicoterapia denominado AudioMusicoTens. Foi professor e coordenador da Faculdade de Musicoterapia da FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas, durante 18 anos e professor convidado em cursos de pós-graduação e cursos livres na Universidade Metodista, Universidade São Marcos, PUC, Fefisa e Unisantanna. Como músico, fundou e atua no grupo “Les Folies”, especializado em gaita de fole e outros instrumentos medievais.